EUA planejam sancionar com perda de visto mais autoridades brasileiras
Consultas com Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo indicam nova rodada de sanções no contexto de tensão diplomática com o governo Lula
Por: Redação
24/10/2025 às 19:18
● Atualizado em 24/10/2025 às 19:23

Foto: Reprodução/Instagram
O governo dos Estados Unidos deve ampliar a lista de autoridades brasileiras que poderão ter seus vistos revogados, em mais um movimento de pressão sobre figuras próximas ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta semana, integrantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos consultaram o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo para obter informações e avançar no mapeamento dos possíveis alvos.
Segundo fontes diplomáticas, a análise não significa que todos os nomes indicados serão automaticamente punidos. Cada caso passará por avaliação individual do governo Donald Trump, reforçando que a medida é estratégica e seletiva.
Essa nova rodada de possíveis sanções ocorre em meio a um cenário delicado nas relações bilaterais. Apesar de Lula manter canais de diálogo abertos com Trump, a Casa Branca divulgou nota oficial reafirmando críticas ao ministro Alexandre de Moraes, classificando-o novamente como “violador de direitos humanos”.
A tensão diplomática se soma ao distanciamento entre Washington e Brasília em relação à Venezuela. Enquanto os EUA endurecem sua postura contra o regime chavista, o governo Lula tenta adotar um discurso mais ameno, em uma tentativa de “marcar posição sem comprar briga”, segundo diplomatas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Neste ano, os EUA já revogaram vistos de diversas autoridades, incluindo oito ministros do Supremo Tribunal Federal, além dos titulares da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e da Ministério da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha. Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, foram sancionados com base na Lei Magnitsky, que impõe restrições severas, incluindo a proibição de entrada nos EUA.
Nos bastidores, parlamentares veem a atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao governo Trump como um canal de influência política importante nesse novo momento da relação Brasil-EUA — ampliando o peso da oposição conservadora no cenário internacional.
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