Girão nega acordo para blindar irmão de Lula em CPMI do INSS
Senador do Novo afirma que convocação de Frei Chico segue na pauta; governo tenta reduzir desgaste político
Por: Redação
28/08/2025 às 13:00

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou nesta quinta-feira (28) que não houve nenhum tipo de acordo entre governistas, oposição, presidente e relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS para evitar a convocação de Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Esse acórdão eu não estou sabendo, não existiu”, declarou Girão durante a sessão. O senador destacou que o requerimento de convocação foi apresentado não apenas por ele, mas também por outros oposicionistas e até pelo relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), reagiu afirmando que convocações só serão feitas quando houver “nexo causal” entre depoentes e os fatos investigados. Segundo ele, a comissão não fará “convocações de âmbito político” sem provas concretas.
A declaração de Viana ocorreu após a primeira sessão da CPMI, quando ele havia dito a jornalistas que estava “acertado” não chamar pessoas ligadas ao governo ou ao PT sem indícios claros. A fala gerou reação da oposição, que nega qualquer tentativa de blindar o irmão de Lula. Deputados como Maurício Marcon (Podemos-RS) e Marcel van Hattem (Novo-RS) também rejeitaram a narrativa de acordo.
Frei Chico é vice-presidente do Sindinapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), uma das entidades investigadas pela Polícia Federal na operação Sem Desconto, que revelou descontos ilegais em aposentadorias. A ligação coloca ainda mais pressão sobre a CPMI, que virou palco de disputa entre governo e oposição sobre até onde irão as investigações.
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