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Governo Lula avalia ajuda a famílias de suspeitos mortos na megaoperação do Rio
Governo Lula avalia ajuda a famílias de suspeitos mortos na megaoperação do Rio
Ministério dos Direitos Humanos pressiona por indenizações, mas Planalto teme associação com o crime organizado
Por: Redação
04/11/2025 às 19:23

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo Lula avalia se prestará assistência financeira e jurídica às famílias dos 117 suspeitos mortos durante a megaoperação policial realizada pela gestão de Cláudio Castro (PL) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro — ação que também resultou na morte de quatro policiais.
A proposta é defendida pela ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, que tem articulado para que a União reconheça oficialmente as famílias das vítimas e adote medidas de “reparação humanitária”. No entanto, segundo fontes do Palácio do Planalto, o tema divide o governo e é tratado com cautela política.
“Há receio de que o envolvimento direto do governo federal seja interpretado como solidariedade ao tráfico e às facções criminosas”, afirmou um interlocutor próximo à Presidência.
Resistência no Planalto e desconforto político
Nos bastidores, auxiliares de Lula reconhecem que qualquer gesto de apoio federal pode ser explorado pela oposição como prova de leniência com o crime organizado, especialmente em meio ao aumento da pressão pública por ações mais firmes de combate ao tráfico.
O cenário ficou ainda mais sensível após o governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, enviar uma carta de solidariedade às forças de segurança do Rio e se colocar à disposição para colaborar no combate ao narcotráfico — reforçando o contraste entre as agendas de Cláudio Castro e Lula.
O Planalto avalia que a responsabilidade legal pelas ações e eventuais reparações é do governo estadual, não da União. A tendência, neste momento, é que o governo federal se abstenha de oferecer ajuda direta.
Ministra critica operação e visita comunidades
A ministra Macaé Evaristo esteve no Complexo da Penha na quinta-feira (30/10), onde classificou a operação como “um fracasso”. A visita contou com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que também defende uma “resposta humanitária e antirracista” às mortes.
Enquanto isso, o governador Cláudio Castro mantém a posição de que a operação foi “exitosa e necessária”, destacando que os únicos inocentes foram os policiais mortos — reforçando o discurso de tolerância zero com o crime que vem angariando apoio popular.
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