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Hugo Motta adia definição sobre votação da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro
Hugo Motta adia definição sobre votação da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro
Presidente da Câmara disse que ainda não há data para votar a proposta, enquanto oposição articula incluir Bolsonaro entre os beneficiados
Por: Redação
04/09/2025 às 14:35

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (4) que ainda não definiu se colocará em pauta o Projeto de Lei da Anistia para os condenados e investigados pelos atos de 8 de Janeiro. A declaração ocorre em meio ao aumento da pressão de lideranças da Casa pela votação.
“Estamos muito tranquilos com relação à discussão dessa pauta [anistia]. Não há ainda nenhuma definição [sobre colocar em votação a proposta]. Nós estamos sempre ouvindo o colégio de líderes nessas pautas”, disse Motta.
Nos últimos dias, a articulação da oposição ganhou reforço do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que entrou no debate para tentar avançar com a proposta. O movimento tem como objetivo incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no texto, ponto que encontra resistência principalmente no Senado.
“O governador é um querido amigo, é do nosso partido e temos dialogado sempre. O governador tem interesse que se paute a anistia, é público”, declarou Motta.
Ainda nesta quinta-feira, Motta deve se reunir com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), para discutir o tema. A expectativa é de que um cronograma de tramitação seja definido após o julgamento de Bolsonaro no STF, previsto para se encerrar em 12 de setembro.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, afirmou que a base governista irá procurar líderes partidários para tentar barrar o avanço da anistia.
Mais cedo, o presidente Lula (PT) voltou a criticar a proposta e pediu mobilização contra o projeto:
“Se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia. Esse Congresso, vocês sabem, não é um Congresso eleito pela periferia. [...] A extrema direita tem muita força ainda. Então é uma batalha que tem que ser feita pelo povo.”
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