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Ministro de Minas e Energia defende debate sobre armas nucleares para o Brasil
Ministro de Minas e Energia defende debate sobre armas nucleares para o Brasil
Alexandre Silveira diz que país pode precisar rever Constituição diante de disputas geopolíticas e “arroubos internacionais”
Por: Redação
06/09/2025 às 12:34

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), afirmou nesta sexta-feira (5) que o Brasil poderá ter de desenvolver armas nucleares no futuro para garantir sua defesa nacional. A declaração foi feita durante a posse dos novos diretores da Agência Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro.
Silveira ressaltou que, hoje, a Constituição restringe o uso da energia nuclear a fins pacíficos, como geração de eletricidade e medicina. Mas, segundo ele, o avanço das tensões internacionais exige uma discussão estratégica de longo prazo.
“Mesmo que isso seja polêmico, nós estamos vivendo arroubos internacionais muito graves no mundo, em especial nos últimos tempos”, declarou o ministro.
Recursos estratégicos e defesa
O chefe da pasta de Minas e Energia destacou a posição privilegiada do Brasil, que detém 11% da água doce mundial, clima tropical, solo fértil e grandes reservas minerais. Para ele, essas condições tornam inevitável que o país leve “muito a sério a questão nuclear”, inclusive para fins de defesa.
“Um país que é gigante pela própria natureza (…) no futuro, nós vamos precisar da nuclear também para a defesa nacional”, disse.
Silveira argumentou que o domínio da cadeia nuclear e as reservas de urânio conferem vantagens estratégicas ao Brasil. Segundo ele, apenas uma mudança na legislação permitirá que o país use esse potencial na defesa militar, se o cenário global assim exigir. “Tenho absoluta certeza de que o Congresso Nacional vai ter que rever a posição [sobre o uso pacífico da tecnologia]”, afirmou.
Contexto político
Apesar da defesa de um debate sobre armas nucleares, o ministro disse que o governo Lula tem, até agora, preservado a soberania nacional dentro dos limites constitucionais. “O mundo caminha para uma triste necessidade, mas é fato, de ter que desenvolver instrumentos de defesa”, concluiu.
O pronunciamento ocorreu em cerimônia com autoridades do setor energético e representantes do governo federal. Caso avance, a discussão sobre revisão das regras constitucionais deverá ser encaminhada ao Congresso.
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