Jojo Todynho recusa acordo e mantém críticas ao PT sobre suposta oferta de R$ 1,5 milhão

A cantora Jojo Todynho rejeitou a proposta de acordo apresentada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em audiência de conciliação realizada na quinta-feira (18), no Rio de Janeiro. O partido a processou após declarações de que teria recebido R$ 1,5 milhão para apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

O acordo sugerido exigia que Jojo gravasse um vídeo de retratação a ser mantido por 30 dias em suas redes sociais, mas as partes não chegaram a consenso. Com a recusa, o Ministério Público solicitou vista do processo, estabelecendo novo prazo para a defesa apresentar argumentos formais.

A defesa da cantora afirmou que as declarações se tratam de manifestação de opinião e não configuram difamação, criticando o PT por supostamente manter rede de influenciadores pagos para apoiar agendas políticas. “A tentativa de criminalizar as declarações de Jojo revela uma instrumentalização do Poder Judiciário como ferramenta de coação”, declarou a defesa em nota oficial.

Durante a entrevista no podcast Brasil Paralelo, Jojo também afirmou que outros artistas teriam recebido pagamentos do partido. A então presidente do PT, Gleisi Hoffmann, negou as acusações. A defesa da artista ainda questionou o paradoxo de processar Jojo quando o próprio partido mantém práticas semelhantes publicamente.

A nota conclui: “A democracia não se constrói pelo uso do processo penal como escudo político, mas pelo debate livre e plural.”