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Testemunha aponta que filho de Lula recebeu “mesada” de operador preso no escândalo do INSS
Testemunha aponta que filho de Lula recebeu “mesada” de operador preso no escândalo do INSS
Depoimento entregue à CPMI indica pagamentos mensais de R$ 300 mil a Lulinha e possível sociedade com o “Careca do INSS”; PF admite racha interno e investigações travadas
Por: Redação
04/12/2025 às 08:03

Foto: Reprodução
A CPMI do INSS recebeu um conjunto de informações da Polícia Federal que aponta para um possível envolvimento de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, no esquema bilionário de fraudes contra aposentados. O material inclui depoimentos, conversas de WhatsApp, registros de viagens e indícios financeiros que ligam o filho do presidente ao operador Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, preso desde 12 de setembro.
Segundo o depoimento de Edson Claro, ex-funcionário do Careca, Lulinha teria recebido “uma cifra aproximada de 25 milhões” — valor cuja moeda não foi identificada — além de uma mesada mensal de cerca de R$ 300 mil. De acordo com ele, o filho de Lula também teria relações societárias com Antunes, inclusive viajando com ele para Portugal.
A testemunha relatou ainda que o Planalto tentou impedir sua convocação pela CPMI. Em 2 de outubro, deputados e senadores governistas barraram o depoimento, alinhando-se ao desejo do governo de proteger o filho do presidente.
Conversas revelam preocupação com exposição de Lulinha
Mensagens extraídas do WhatsApp mostram pessoas ligadas ao esquema discutindo o receio de que a mídia associasse Lulinha ao caso. O Careca tenta tranquilizar um interlocutor ao dizer que seu celular não havia sido apreendido — sinal de que havia conteúdo comprometedor.
Outra série de mensagens apresenta Lulinha mencionado como “nosso amigo”, “Fábio (filho Lula)” e até comentários sobre algo que “agradou” ao filho do presidente.
A apuração está paralisada por divergências internas na Polícia Federal. Uma ala defende avançar sobre os indícios envolvendo Lulinha; outra, mais alinhada ao governo, considera prematuro investigar o filho do presidente.
Apesar disso, há elementos no processo que chamam atenção:
- Um Relatório de Inteligência Financeira (RIF 133.609) mostra movimentações do secretário petista Ricardo Bimbo Troccolli, incluindo pagamentos ao ex-contador da família Lula, João Muniz Leite.
- Lulinha e Roberta Luchsinger — apontada pela PF como figura-chave no possível tráfico de influência com o Careca — fizeram várias viagens com o mesmo código localizador.
- A empresa World Cannabis, suspeita de ser usada para lavar dinheiro do esquema, teria ligações societárias com Lulinha e Antunes.
A defesa dos citados nega irregularidades, sem apresentar justificativas que afastem os indícios documentados. O advogado de Marco Aurélio Carvalho considerou as acusações “pirotécnicas”. Já Roberta Luchsinger afirmou que manteve apenas “tratativas iniciais” com o Careca e confirmou ter relação pessoal com Lulinha há vários anos.
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