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Judiciário permite postagens de traficantes enquanto restringe expressão da direita
Judiciário permite postagens de traficantes enquanto restringe expressão da direita
Por: Redação
02/11/2025 às 21:58

Foto: José Cruz / Agência Brasil
Uma reportagem publicada pelo Gazeta do Povo aponta um paradoxo no sistema de justiça brasileiro: enquanto criminosos ligados a organizações de tráfico mantêm perfis ativos nas redes sociais e até concedem entrevistas, políticos e figuras públicas identificadas com a direita enfrenta bloqueios, proibição de entrevistas e restrições à liberdade de expressão.
Segundo a reportagem, integrantes de facções como o Comando Vermelho postavam ativamente nas redes, exibindo armas e ostentando poder, mesmo estando na mira da polícia. Um exemplo citado é o de uma criminosa conhecida pela alcunha “Japinha do CV”, que tinha milhares de seguidores e publicava imagens com fuzis. Em contraste, o ex-deputado federal Daniel Silveira, condenado por declarações contra o STF, permanece com perfis suspensos e proibido de conceder entrevistas.
Especialistas ouvidos destacam que essa disparidade reforça a percepção de que determinadas ações judiciais têm cunho político, voltadas a inibir vozes dissidentes de direita, enquanto medidas semelhantes não são aplicadas a integrantes do crime organizado.
Impacto na liberdade de expressão
Advogados especializados em direito digital e liberdade de expressão afirmam que a situação cria um precedente perigoso. Um deles aponta que, ao cercear o direito de políticos de direita às redes sociais e à opinião pública, cria-se uma punição diferenciada. Se as mesmas medidas fossem aplicadas de maneira imparcial, sem viés ideológico, o aparato punitivo seria amplamente questionado pela sociedade.
Reflexos no debate público
A diferença de tratamento, segundo juristas, não afeta apenas os indivíduos, mas também a confiança nas instituições. A percepção de que julgamentos podem funcionar como espetáculo público, em vez de aplicação imparcial da lei, contribui para o descrédito do sistema.
De modo geral, o cenário reforça críticas sobre a atuação do Judiciário no Brasil, especialmente em relação à igualdade de tratamento e ao risco de politização de medidas que deveriam ser técnicas. A reportagem conclui que a disparidade entre quem está dentro ou fora do espectro político “aceitável” gera mais desconfiança do que confiança na justiça.
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