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Lula assina acordos com Indonésia em meio a discurso ideológico e promessa de novo mandato

Lula assina acordos com Indonésia em meio a discurso ideológico e promessa de novo mandato

Presidente brasileiro reforça alinhamento político sobre Gaza, ONU e Brics, enquanto tenta ampliar comércio com Jacarta — hoje ainda tímido diante do potencial entre os dois países

Por: Redação

23/10/2025 às 16:17

Imagem de Lula assina acordos com Indonésia em meio a discurso ideológico e promessa de novo mandato

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante visita oficial a Jacarta, capital da Indonésia, nesta quinta-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma série de memorandos e acordos bilaterais com o presidente indonésio Prabowo Subianto.

As áreas contempladas incluem agricultura, energia, comércio, defesa, ciência e tecnologia, além de compromissos sobre cooperação educacional. Apesar do tom econômico, a visita também foi marcada por um forte viés político e ideológico, com falas sobre a guerra em Gaza, a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o papel do BRICS no cenário global.

Lula ainda aproveitou a ocasião para anunciar publicamente que será candidato a um quarto mandato presidencial em 2026 — sinalizando que pretende usar a política externa como vitrine eleitoral.

 

Comércio bilateral ainda modesto

Embora os dois países somem quase 500 milhões de habitantes, o comércio entre Brasil e Indonésia ainda é limitado. Nos últimos 20 anos, as trocas cresceram de US$ 2 bilhões para US$ 6,5 bilhões — números considerados baixos para o porte das economias.

Prabowo afirmou que o objetivo é alcançar US$ 20 bilhões nos próximos anos e anunciou que a língua portuguesa será incluída nas escolas de seu país como parte do estreitamento de laços.

Para Lula, o fortalecimento da parceria “mostra a capacidade dos países do Sul Global de se unir contra o protecionismo e negociar de forma soberana”. O discurso foi lido por aliados como mais uma tentativa de reposicionar o Brasil como liderança entre países em desenvolvimento, alinhando-se a blocos alternativos ao eixo ocidental.

 

Gaza, ONU e discurso ideológico

O presidente voltou a fazer críticas a Israel e defendeu uma solução de “dois Estados” para o conflito em Gaza. Também reforçou seu discurso histórico pela reforma do Conselho de Segurança da ONU, dizendo que a estrutura atual está “paralisada e sem representatividade real”.

Além disso, exaltou a importância do BRICS como plataforma para que países do Sul Global defendam seus próprios interesses e reduzam a dependência do dólar nas transações internacionais.

“O século XXI exige coragem para não depender de ninguém”, declarou Lula, ao defender que Brasil e Indonésia comercializem usando suas próprias moedas.

 

Defesa e energia também em pauta

Os dois presidentes também destacaram cooperação em defesa, incluindo possíveis parcerias militares, e na gestão soberana de minerais estratégicos para a transição energética.

Lula afirmou que o Brasil tem “base industrial militar sólida” e está disposto a apoiar as demandas estratégicas da Indonésia.

 

Discurso eleitoral no exterior

Em tom claramente político, Lula afirmou:

“Vou disputar um quarto mandato no Brasil. Digo isso porque ainda vamos nos encontrar muitas vezes.”

A declaração reforça a estratégia do presidente de usar agendas internacionais para projetar sua imagem política, mesmo diante de críticas internas sobre gastos de viagens e alinhamentos ideológicos.

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