Lula aumentou impostos 27 vezes em três anos
Governo petista elevou alíquotas e revogou benefícios fiscais desde 2023; arrecadação bate recorde, mas gastos crescem ainda mais rápido
Por: Redação
09/10/2025 às 08:18

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasi
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu 27 aumentos de impostos desde que reassumiu o Palácio do Planalto em 2023. As medidas abrangeram elevação de alíquotas de importação, aumento de PIS/Cofins e IOF, além da revogação de benefícios fiscais que elevaram a carga tributária sobre diversos setores da economia.
Essa estratégia ampliou a carga tributária do país de 31,2% do PIB em 2022 para 32,3% em 2024, conforme os dados mais recentes disponíveis. Só a parcela do governo central subiu de 20,6% para 21,4%.
Reajustes constantes para ampliar arrecadação
Entre as medidas adotadas pelo Planalto estão aumento de tributos sobre petróleo, mudanças nas regras de votação no Carf (que favoreceram a União) e revisões em alíquotas de IOF e PIS/Cofins. A política fiscal mais agressiva foi apresentada como forma de “corrigir distorções” e financiar programas sociais, mas na prática aumentou o peso dos impostos para o contribuinte e as empresas
A Medida Provisória 1.303, conhecida como “MP da Taxação”, foi a tentativa mais recente do governo de ampliar a arrecadação. A proposta previa taxar fintechs, empresas de apostas e fundos de investimento, gerando até R$ 31,4 bilhões em receita extra até 2026. A Câmara, no entanto, derrubou o texto por 251 votos — um duro revés para Lula e para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Arrecadação recorde, gastos ainda maiores
Com os aumentos tributários, a arrecadação federal atingiu R$ 2,71 trilhões em 2024, o maior valor da série histórica iniciada em 1995. Ainda assim, o déficit nominal alcançou R$ 998 bilhões, também recorde, puxado por gastos públicos em ritmo superior à receita.
O governo justifica a alta na tributação com a necessidade de bancar programas sociais de grande alcance, como Bolsa Família, Pé-de-Meia e Gás do Povo, que juntos deverão beneficiar até 50 milhões de pessoas em 2026.
Contexto político e eleitoral
Analistas econômicos afirmam que a alta contínua de impostos tem forte impacto no setor produtivo e gera pressões sobre a competitividade do país. Apesar disso, a equipe econômica do governo insiste em vincular a elevação tributária ao financiamento de políticas sociais que devem ser usadas como vitrine eleitoral de Lula em 2026.
Enquanto a arrecadação cresce, o endividamento público também aumenta, e o país atinge uma das maiores cargas tributárias da América Latina. Para setores conservadores, o modelo petista aprofundou o peso do Estado sobre o contribuinte e reduziu o espaço para investimento privado e geração de empregos.
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