Megaoperação no Rio prende 81 criminosos; baianos estão entre os alvos
Ação histórica mira lideranças do Comando Vermelho e expõe expansão nacional da facção
Por: Redação
28/10/2025 às 23:31

Foto: Reprodução e Reprodução/TV Bahia
A Operação Contenção, deflagrada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, já resultou em 81 prisões nesta terça-feira (28), nos complexos do Alemão e da Penha. Segundo o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, ao menos três ou quatro dos presos são baianos foragidos da Justiça que estavam escondidos na capital fluminense.
A operação — considerada uma das maiores da história recente do estado — também deixou 64 mortos, incluindo quatro policiais e dois traficantes baianos, além de 15 agentes feridos durante os confrontos com integrantes da facção Comando Vermelho.
“Já se identifica a existência de pelo menos três a quatro baianos entre esses criminosos. A gente sabe, e vem acompanhando a dinâmica criminal. Já tínhamos parceria com o Disque Denúncia do Rio de Janeiro, trabalhando para localizar algumas dessas pessoas foragidas da Bahia”, declarou Werner.
Ação coordenada e alvo interestadual
A operação foi planejada após mais de um ano de investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes, com apoio do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo foi desmantelar núcleos estratégicos da facção, que comanda ao menos 26 comunidades nas regiões do Alemão e da Penha, e impedir a expansão de seu domínio para outros estados.
As forças de segurança intensificaram o policiamento em várias áreas da capital e região metropolitana. Traficantes reagiram com barricadas, incêndios em vias estratégicas — incluindo a Grajaú-Jacarepaguá — e drones lançados sobre comunidades para tentar dificultar a ação das forças policiais.
Impacto na cidade e apreensão de armas
A ofensiva causou interrupções em mais de 120 linhas de ônibus e levou cerca de 50 escolas a suspenderem as aulas. Nas apreensões, chamam atenção 93 fuzis retirados de circulação, incluindo uma arma com a bandeira da Bahia estampada, pertencente ao baiano Júlio Souza Silva, de 26 anos — morto em confronto com a polícia.
A presença de criminosos de outros estados reforça a tese de que o Comando Vermelho atua como uma rede criminosa nacional, altamente estruturada e conectada. A operação tem sido vista como um marco na retomada de territórios pelo Estado e no enfrentamento direto ao crime organizado.
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