Michelle Bolsonaro desponta como o nome mais forte da direita contra Lula, aponta Ipsos-Ipec

A mais recente pesquisa Ipsos-Ipec confirmou aquilo que já vinha ganhando força nos bastidores da política nacional: Michelle Bolsonaro (PL) é hoje o nome mais competitivo da direita para enfrentar o presidente Lula (PT). O levantamento, realizado entre 4 e 8 de dezembro, simulou quatro cenários distintos — todos com Lula à frente, mas somente Michelle conseguiu reduzir significativamente a distância, tornando-se o maior desafio eleitoral para o petista.

Enquanto outros nomes importantes da direita, como Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e o próprio senador Flávio Bolsonaro, apresentam desempenhos mais moderados, Michelle surge como o único nome capaz de ultrapassar a barreira dos 20% das intenções de voto, chegando a 23% no cenário estimulado.

Com isso, a ex-primeira-dama demonstra não apenas apelo eleitoral, mas também uma capacidade orgânica de mobilização — algo que se observa desde sua entrada mais ativa na vida pública em 2019, quando passou a atrair segmentos conservadores, religiosos e majoritariamente femininos.

A pesquisa mostra Lula estacionado em 38% em todos os cenários — evidenciando que seu teto de intenção de voto permanece rígido. Já no campo oposicionista, há variações relevantes:

• Michelle Bolsonaro (PL): 23%

• Flávio Bolsonaro (PL): 19%

• Eduardo Bolsonaro (PL): 18%

• Tarcísio de Freitas (Republicanos): 17%

A presença de Michelle reduz a taxa de brancos e nulos, indicando que o eleitorado identifica nela uma alternativa clara ao atual governo.

A pesquisa também ocorre em um momento de desgaste do governo, cujo índice de desaprovação já alcança 52% segundo o mesmo instituto — um ambiente que favorece o crescimento de nomes da oposição. Para analistas, a forte identificação do eleitor conservador com Michelle e o desgaste do petismo criam uma combinação que a coloca como a principal ameaça ao projeto de reeleição de Lula.

A sondagem Ipsos-Ipec comprova que Michelle Bolsonaro se tornou um ativo eleitoral decisivo. Mesmo sem ter declarado pré-candidatura, seu desempenho supera o de governadores experientes, parlamentares de grande visibilidade e até figuras tradicionais do campo bolsonarista.

O levantamento também demonstra que a direita possui um nome competitivo o suficiente para reequilibrar o tabuleiro eleitoral — algo que o PT não enfrenta desde 2018.