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Moraes aceita denúncia da PGR e cita vistos e Lei Magnitsky em caso contra Eduardo Bolsonaro
Moraes aceita denúncia da PGR e cita vistos e Lei Magnitsky em caso contra Eduardo Bolsonaro
Ministro afirma que deputado buscou “pressões externas”, enquanto defesa aponta perseguição e criminalização da atuação política internacional
Por: Redação
14/11/2025 às 13:10

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta coação no curso do processo.
No despacho, Moraes afirmou haver indícios de que o parlamentar teria articulado “pressões externas” sobre ministros da Corte, citando inclusive sanções dos Estados Unidos, como suspensão de vistos, tarifas de exportação e aplicação da Lei Magnitsky — mecanismo americano usado para punir autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos.
Segundo Moraes, Eduardo e o jornalista Paulo Figueiredo teriam defendido medidas que prejudicariam membros do STF e a economia brasileira. O relator mencionou ainda que seu próprio visto foi revogado pelo governo americano em julho de 2025, atribuindo o fato ao suposto lobby dos denunciados.
A denúncia será julgada no plenário virtual, que desde a mudança de composição funciona com quatro ministros: Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
A defesa de Eduardo Bolsonaro, representada pela Defensoria Pública da União (DPU), rejeita todas as acusações. Os advogados afirmam que o deputado não foi corretamente citado, já que estava nos Estados Unidos para compromissos públicos. Moraes, porém, sustentou que houve “evasão” deliberada.
Para aliados do parlamentar, trata-se de mais um episódio de perseguição judicial, especialmente após Eduardo ter defendido uma anistia para investigados de 8 de janeiro e ter atuado politicamente nos EUA — algo que, segundo apoiadores, faz parte de suas atribuições e não configura crime.
A PGR afirma que a suposta pressão teria como objetivo favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado em setembro a 27 anos e 3 meses. O caso envolve também o pastor Silas Malafaia, citado em relatório da PF.
Na visão de setores da direita, o STF extrapola suas funções ao interpretar articulações diplomáticas como crime e ao atribuir a Eduardo Bolsonaro intenções que fazem parte da dinâmica política entre governos.
Para analistas independentes, o julgamento reacende o debate sobre liberdade parlamentar, ativismo judicial e o uso de legislações estrangeiras — como a Lei Magnitsky — para justificar decisões internas.
Se a maioria dos ministros acompanhar o relator, Eduardo Bolsonaro será tornado réu.
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