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Moraes amplia inquérito das “milícias digitais” e inclui ameaças a Flávio Dino
Moraes amplia inquérito das “milícias digitais” e inclui ameaças a Flávio Dino
Ministro do STF pressiona redes sociais e determina que plataformas entreguem dados de usuários em até 48 horas
Por: Redação
02/10/2025 às 16:29
● Atualizado em 02/10/2025 às 18:55

Foto: André Borges
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ampliar o chamado inquérito das milícias digitais, incluindo no processo as ameaças feitas ao também ministro da Corte, Flávio Dino, após seu voto no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por suposta tentativa de golpe de Estado.
Atendendo a um pedido da Polícia Federal, Moraes determinou que as plataformas Meta, TikTok, X (antigo Twitter) e YouTube informem, em até 48 horas, dados de dezenas de perfis que teriam publicado críticas e ataques contra Dino e seus familiares.
Inquérito sem fim
O inquérito das milícias digitais foi aberto em 2019 e, desde então, tem sido alvo de críticas de juristas e parlamentares por não ter prazo definido para acabar e por concentrar nas mãos de Moraes os papéis de investigador, acusador e julgador. O caso agora ganha mais um capítulo, reforçando a percepção de que o instrumento vem sendo usado de forma cada vez mais ampla para monitorar opositores e críticos do Supremo.
De acordo com a PF, foram identificadas publicações com ameaças de morte e ofensas direcionadas a Dino e a seus familiares. As informações deverão ser entregues pelas plataformas para que os autores sejam rastreados.
Críticas à escalada de censura
Enquanto Moraes afirma agir em defesa da democracia e das instituições, opositores veem nas medidas uma escalada de censura e perseguição política, em especial contra cidadãos comuns que manifestam indignação ou críticas duras nas redes sociais.
Para analistas críticos ao STF, a decisão de estender ainda mais o inquérito reforça a concentração de poder de Moraes e aproxima a atuação do Supremo de um modelo de controle absoluto do debate público, no qual críticas a ministros acabam sendo tratadas como crimes graves.
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