Moraes encaminha à PGR pedido de prisão de Eduardo Bolsonaro
Parlamentar é alvo de ofensiva política após denunciar abusos de ministros do STF
Por: Redação
02/10/2025 às 18:40

Foto: Leonardo Marques/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de prisão preventiva contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apresentado pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), e pela deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ). A PGR terá cinco dias para se manifestar.
Entre as medidas solicitadas pelos parlamentares de esquerda estão:
• suspensão imediata do salário, verbas indenizatórias e cota parlamentar;
• apreciação urgente, pela Mesa Diretora da Câmara e pelo Conselho de Ética, dos pedidos de cassação já protocolados;
• comunicação ao MPF para possível devolução de valores recebidos no período em que Eduardo esteve fora do Brasil;
• e a decretação de prisão preventiva, sob alegação de “garantia da ordem pública e econômica”.
Contexto político
A ofensiva contra Eduardo Bolsonaro ocorre após denúncias feitas pelo parlamentar de que Moraes utilizou sua posição para perseguir opositores e expandir a atuação do STF para além dos limites constitucionais. O pedido apresentado por PT e PSOL justifica-se sob a alegação de que o deputado teria buscado sanções nos Estados Unidos contra o ministro e seus aliados, atingindo inclusive produtos brasileiros.
Reação conservadora
Aliados de Eduardo veem no movimento uma tentativa clara de criminalizar a oposição e de calar uma das principais vozes conservadoras do país. Para eles, o STF, sob comando de Moraes, vem adotando medidas cada vez mais autoritárias, que atentam contra a liberdade de expressão e a independência do Parlamento.
Críticos lembram que o próprio Eduardo Bolsonaro está em mandato legítimo conferido pelas urnas, sendo um dos deputados mais votados da história do Brasil, e que pedidos como este representam uma tentativa de transformar divergência política em caso criminal.
O que vem pela frente
Com o despacho de Moraes, caberá agora à PGR avaliar se há fundamentos para acatar as medidas pedidas por Lindbergh e Talíria ou se rejeitará a solicitação. O caso reacende o debate sobre os limites de atuação do Judiciário e a escalada de confrontos entre ministros do STF e parlamentares conservadores.
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