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Motta reage a ataque do PT e expõe contradição histórica: “O partido votou contra a Constituição de 1988”
Motta reage a ataque do PT e expõe contradição histórica: “O partido votou contra a Constituição de 1988”
Presidente da Câmara rebate Lindbergh, defende votação da Dosimetria e lembra que o PT rejeitou o texto constitucional que hoje tenta usar como arma política
Por: Redação
10/12/2025 às 11:56

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Em uma madrugada marcada por tensão e embates diretos no plenário, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rebateu duramente o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), durante a votação do PL da Dosimetria — texto que reduz penas impostas pelo STF aos condenados do 8 de Janeiro e que substituiria o arquivado PL da Anistia.
Lindbergh acusou Motta de estar “cometendo um crime” ao pautar a votação e afirmou que a decisão representaria uma “vergonha histórica”, citando inclusive Ulysses Guimarães e episódios da ditadura militar para construir sua crítica.
A resposta de Motta, no entanto, desmontou o discurso petista ao lembrar um fato incontornável: o PT votou contra a Constituição de 1988, embora hoje tente se apresentar como guardião de sua essência.
“Escutar integrantes do PT invocarem Ulysses Guimarães quando o próprio partido votou contra a atual Constituição é uma incoerência histórica”, disse Motta, conforme registrado na página 4 do documento.
De acordo com o registro histórico citado na reportagem, 15 dos 16 deputados petistas da Assembleia Constituinte — entre eles o próprio Lula — votaram contra o texto final da Constituição. Todos assinaram a Carta, mas a rejeição do PT sempre foi clara: discordavam da espinha dorsal do texto que hoje dizem defender.
A fala de Lindbergh, portanto, acabou proporcionando a Motta uma oportunidade rara de expor, diante do país, a contradição fundadora do PT: o partido se vende como defensor da Constituição, mas tentou barrá-la quando ela foi escrita.
A troca de farpas não surgiu do nada. Em novembro, Motta declarou publicamente ter rompido relações com o petista:
“Não tenho mais interesse em ter nenhum tipo de relação com o deputado Lindbergh Farias.”
Lindbergh respondeu chamando o presidente da Câmara de “imaturo”, mas o episódio desta madrugada apenas consolidou o afastamento — e evidenciou o atrito entre PT e a nova presidência da Casa.
O plenário aprovou o PL da Dosimetria por 291 a 148, depois de uma noite turbulenta marcada pela expulsão do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que invadiu a cadeira da Presidência em protesto.
Jornalistas foram retirados do plenário, o sinal da TV Câmara chegou a ser interrompido, e Glauber foi imobilizado pela Polícia Legislativa antes de ser removido — uma cena que expôs o radicalismo crescente da ala mais extremista da esquerda parlamentar.
A sessão que havia começado na terça só foi concluída às 2h30 da madrugada de quarta, com vitória da oposição, que articulou a redução de penas para condenados do 8 de Janeiro.
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