MPF abre investigação sobre suposta “rachadinha” no gabinete de Hugo Motta
Chefe de gabinete teria poderes “amplos e ilimitados” para movimentar contas e salários de assessores
Por: Redação
05/11/2025 às 22:27

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) abriu uma investigação preliminar para apurar uma suposta prática de “rachadinha” no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A apuração teve início a partir de uma representação feita por Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal, que encaminhou ao Ministério Público Federal (MPF) uma reportagem que revelou indícios de movimentações financeiras irregulares no gabinete do parlamentar.
Segundo documentos obtidos pelo Metrópoles, a chefe de gabinete de Motta, Ivanadja Velloso Meira Lima, possuía procurações com poderes “amplos e ilimitados” para movimentar contas bancárias e salários de ao menos 10 assessores.
Em oito desses casos, as procurações permitiam explicitamente “receber salários” em nome dos servidores, dois dos quais ainda trabalham no gabinete.
O valor total das remunerações dos funcionários envolvidos soma mais de R$ 4,1 milhões no período em que estiveram lotados no gabinete do deputado.
Divisão da apuração
De acordo com o MPF, a parte criminal do caso foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), por se tratar de autoridade com foro privilegiado. Já a PRDF ficará responsável pela investigação de improbidade administrativa — que, caso avance, poderá resultar na abertura de um inquérito civil público.
O caso corre sob sigilo e ainda está na fase de coleta de informações e análise documental.
Até o momento, Hugo Motta e sua assessoria não se pronunciaram sobre o caso.
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