Promessa de churrasco vira miragem: preço da picanha dispara
Pesquisa revela que mais de 70% dos entrevistados sentem alta nos preços dos alimentos e apontam dificuldade para comprar picanha — promessa de campanha que virou lembrança amarga
Por: Redação
30/06/2025 às 08:07

Foto: Reprodução/Twitter
Uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, realizada entre os dias 16 e 19 de abril, revelou que 73,7% dos brasileiros percebem aumento nos preços dos alimentos desde o retorno do presidente Lula ao Palácio do Planalto. Quando o foco é o churrasco — bebida gelada e carne nobre — o pessimismo é ainda maior: 68,4% dos cidadãos afirmam que não acreditarão em facilidades para comprar picanha e cerveja até o fim do mandato.
Os dados reforçam a desconexão entre a promessa de campanha do petista — “voltar a comer um churrasquinho, picanha e tomar uma cervejinha” — e a realidade enfrentada pelo consumidor. Segundo levantamento do IBGE, em 2024 as carnes tiveram alta média de 20%, com o quilo da picanha subindo quase 9% apenas nesse período; carnes populares como acém e linguiça também ficaram mais caras.
No Estado de São Paulo, o aumento foi ainda mais drástico: em novembro, a picanha chegou ao seu valor mais alto nos últimos 18 anos — R$ 77,44/kg, comparado a R$ 67,67/kg no fim de 2023. Esse cenário é explicado por fatores como alta do dólar, redução da oferta de gado pronto para o mercado interno e condições climáticas adversas que atingiram a produção.
Além da carne, outros itens da cesta básica pesam no bolso. Uma matéria da Revista Oeste observou que o carvão subiu 6,7%, a cerveja 4,5% e cortes como contra-filé, costela e alcatra encareceram 20% ou mais. É um panorama que ilustra por que, segundo o IBGE, 79% da população sentem a pressão no preço dos alimentos, além de significativa alta em serviços essenciais como energia e aluguel.
Para entender melhor essa realidade econômica doméstica, outra sondagem do Paraná Pesquisas mostrou que 55% dos brasileiros perceberam alta nos supermercados desde janeiro de 2023 — número que subiu de 48,4% para 55% entre janeiro e maio de 2025. A percepção negativa se estende aos investimentos, emprego e expectativas sobre o futuro da economia.
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