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Senado deve analisar com rapidez projeto que amplia isenção do Imposto de Renda

Senado deve analisar com rapidez projeto que amplia isenção do Imposto de Renda

Proposta, promessa de campanha de Lula, pode beneficiar 15,5 milhões de pessoas; custo anual chega a R$ 31,2 bilhões e será compensado com tributação sobre alta renda

Por: Redação

02/10/2025 às 08:01

Imagem de Senado deve analisar com rapidez projeto que amplia isenção do Imposto de Renda

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo federal aposta em uma tramitação acelerada no Senado para aprovar o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. A medida, uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados na quarta-feira (1º) e segue agora para análise dos senadores.

Se o texto for confirmado sem alterações, passará a valer a partir de janeiro de 2026.

A ministra Gleisi Hoffmann, responsável pela articulação política do Planalto, mostrou otimismo: “Eu tenho visto, por parte dos senadores, das lideranças, uma receptividade muito grande a esse projeto”, declarou. Lula também celebrou o resultado da votação e disse esperar aprovação “com amplo apoio” no Senado.

O relator da proposta na Câmara, Arthur Lira (PP-AL), destacou que a medida corrige uma distorção histórica:
— Esse não é qualquer assunto. Vai atingir quase 16 milhões de brasileiros. É o primeiro passo para corrigir a distorção tributária e social das pessoas que menos recebem.

O projeto amplia a isenção total para rendimentos de até R$ 5 mil e cria uma faixa de desoneração parcial para salários de até R$ 7.350. A estimativa de custo anual foi recalculada: de R$ 25,8 bilhões para R$ 31,2 bilhões, após ajustes que incluíram benefícios ao agronegócio e contribuintes de maior renda.

Para bancar a medida, o governo prevê tributação mínima de 10% sobre dividendos mensais acima de R$ 50 mil, além da aplicação de alíquota sobre quem recebe mais de R$ 600 mil por ano. Na prática, cerca de 140 mil pessoas serão afetadas.

O discurso oficial é de neutralidade fiscal. “O projeto é neutro quanto à arrecadação, ele é neutro quanto à renúncia fiscal”, afirmou Lira.

Analistas, no entanto, veem riscos de pressão futura sobre as contas públicas. O alívio no bolso de milhões de brasileiros, especialmente em ano pré-eleitoral, é interpretado como ativo político relevante para Lula, mas pode se tornar uma “bomba-relógio” fiscal em 2027, quando os custos tendem a se ampliar.

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