Sindicato de professores de SP sedia ato do PCO em “comemoração” ao ataque do Hamas

O Partido da Causa Operária (PCO) convocou para esta terça-feira (7) um ato em “comemoração” aos dois anos do ataque do Hamas a Israel, ocorrido em 7 de outubro de 2023, quando o grupo extremista palestino invadiu o território israelense, matou cerca de 1.200 pessoas e sequestrou 251 reféns.

O evento será realizado às 19h, na sede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), localizada na Praça da República, no centro da capital paulista. Segundo a convocação publicada nas redes sociais do PCO, o ato é descrito como uma homenagem à “heroica Operação Dilúvio de Al-Aqsa”, nome dado pelo Hamas ao ataque que deflagrou a guerra em Gaza.

O cartaz divulgado pelo partido traz a frase: “Pelo fim da ocupação sionista. 2º aniversário da Operação Dilúvio de Al-Aqsa. Guerra contra o genocídio na Palestina”. O material foi amplamente criticado nas redes sociais por exaltar um ato terrorista classificado internacionalmente como um dos mais brutais da história recente.

A Apeoesp já havia demonstrado, em outras ocasiões, apoio à causa palestina e críticas às ações militares de Israel na Faixa de Gaza. Em junho, o sindicato participou de um ato que pedia o rompimento das relações diplomáticas entre o Brasil e o governo israelense.

Segundo dados divulgados pela emissora Al Jazeera — não verificados de forma independente —, mais de 67 mil pessoas já morreram na Faixa de Gaza desde o início do conflito, e cerca de 170 mil ficaram feridas.

A iniciativa do PCO, abrigada em um sindicato público de professores, gerou forte reação de parlamentares e entidades judaicas, que classificam o evento como “apologia ao terrorismo” e cobram posicionamento das autoridades educacionais sobre o uso de um espaço mantido com recursos de filiados para promover um ato de caráter político-ideológico e radical.