Brasileiros ainda têm mais de R$ 10 bilhões esquecidos nos bancos
Sistema do Banco Central permite consulta e resgate com Pix; governo reforça controle para evitar fraudes
Por: Redação
07/10/2025 às 16:05

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (7) que mais de R$ 10 bilhões permanecem esquecidos em instituições financeiras do país. Os dados, atualizados até o fim de agosto, fazem parte do programa Valores a Receber, criado para devolver saldos de contas inativas, tarifas cobradas indevidamente e outros créditos residuais.
Do montante total, R$ 8,08 bilhões pertencem a 48,4 milhões de pessoas físicas, enquanto R$ 2,37 bilhões são de 4,56 milhões de empresas. Desde o início do programa, o BC já devolveu R$ 11,74 bilhões.
O sistema pode ser acessado pelo site oficial valoresareceber.bcb.gov.br, mediante login na conta gov.br com verificação em duas etapas. O resgate é feito de forma simples e segura, com o depósito automático via Pix.
Reforço na segurança digital
Com o aumento de golpes virtuais, o Banco Central reforçou o processo de autenticação em fevereiro de 2025, exigindo dupla verificação de identidade. A medida visa reduzir fraudes, que cresceram após a popularização do serviço em 2023.
Segundo especialistas, o volume bilionário de recursos parados indica falta de educação financeira e acompanhamento das contas bancárias, um problema recorrente entre consumidores brasileiros.
“Muitos cidadãos não percebem que pequenas tarifas, restituições de consórcios e devoluções de seguros acabam se acumulando ao longo dos anos. É um dinheiro legítimo que pode ajudar famílias a quitar dívidas ou reforçar a poupança”, observou o economista Felipe Moura.
Transparência e gestão pública
Embora o programa seja considerado uma das iniciativas de maior sucesso do BC nos últimos anos, analistas defendem que o governo precisa garantir mais transparência na destinação dos valores não resgatados, evitando que permaneçam indefinidamente sob controle do sistema financeiro.
A proposta, segundo economistas liberais, é ampliar o acesso da população ao dinheiro esquecido, fortalecendo a confiança nas instituições e incentivando o consumo consciente — sem recorrer a medidas de aumento de arrecadação ou tributação extra.
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