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Governo Lula registra novo rombo nas contas públicas: déficit primário chega a R$ 9,5 bilhões no 1º semestre
Governo Lula registra novo rombo nas contas públicas: déficit primário chega a R$ 9,5 bilhões no 1º semestre
Mesmo com corte de gastos e alta na arrecadação, contas seguem no vermelho; saldo de junho preocupa pela disparada nas despesas
Por: Redação
31/07/2025 às 12:01

Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil
As contas do governo federal fecharam o 1º semestre de 2025 no vermelho. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Tesouro Nacional, o déficit primário no acumulado de janeiro a junho foi de R$ 9,5 bilhões, já corrigido pela inflação.
Embora o resultado represente uma melhora em relação ao mesmo período de 2024 — quando o rombo foi de R$ 70,1 bilhões —, o saldo negativo mostra que o governo Lula ainda não conseguiu equilibrar receitas e despesas. O dado contrasta com o discurso oficial de responsabilidade fiscal adotado pelo Palácio do Planalto.
O resultado primário mede a diferença entre tudo o que o governo arrecada e gasta, desconsiderando os juros da dívida pública. Quando há déficit, o recado ao mercado é claro: será necessário recorrer a mais endividamento para fechar as contas.
Despesas pressionadas por previdência e BPC
De janeiro a junho, os gastos totais somaram R$ 1,16 trilhão — uma queda real de 2,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar da contenção em algumas áreas, os gastos com benefícios previdenciários continuam subindo, alcançando R$ 537,3 bilhões (+1,6%). Já o Benefício de Prestação Continuada (BPC) teve alta de 10,8%, chegando a R$ 63,3 bilhões.
Receita cresce, mas não é suficiente
As receitas líquidas no semestre foram de R$ 1,15 trilhão, com avanço real de 2,8% em relação a 2024. Destaque para a arrecadação com Imposto de Importação, que saltou 29,2% (R$ 45,9 bilhões), e para a exploração de recursos naturais, que rendeu R$ 66,2 bilhões (+10,8%).
Apesar disso, o crescimento da arrecadação não conseguiu compensar o avanço das despesas em setores sociais e o elevado custo da máquina pública.
Junho fecha com rombo ainda maior
O mês de junho, isoladamente, trouxe um sinal de alerta: o déficit foi de R$ 44,3 bilhões, aumento de 8,6% em comparação ao mesmo mês de 2024. Foram R$ 169 bilhões em receitas e R$ 213,3 bilhões em despesas.
Especialistas avaliam que, embora o resultado do semestre seja melhor que o do ano anterior, ele ainda está longe do equilíbrio necessário para garantir credibilidade fiscal. A promessa de déficit zero feita pelo ministro Fernando Haddad segue distante da realidade.
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