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Haddad diz que negociações com Trump devem preservar soberania: “Não seremos subservientes”

Haddad diz que negociações com Trump devem preservar soberania: “Não seremos subservientes”

Ministro da Fazenda critica postura do governo anterior e afirma que Brasil busca diálogo sem abrir mão de interesses nacionais

Por: Redação

29/07/2025 às 21:49

Imagem de Haddad diz que negociações com Trump devem preservar soberania: “Não seremos subservientes”

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (29) que as negociações com os Estados Unidos sobre a nova tarifação anunciada pelo presidente Donald Trump devem ocorrer com “dignidade” e respeito à soberania nacional. O republicano prometeu uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

“Você não vai querer que o presidente Lula se comporte como o Bolsonaro se comportava, abanando o rabo e falando ‘I love you’, batendo continência”, disse Haddad, em entrevista à CNN Brasil, ao criticar a forma como o governo anterior conduzia a diplomacia com Washington.

Segundo o ministro, a oposição estaria disposta a “entregar o Brasil”, enquanto o atual governo defende um diálogo racional. “Isso não é arrogância, nós queremos respeito com o Brasil”, completou.

Haddad afirmou que o governo ainda busca entender as exigências da Casa Branca antes de avançar nas tratativas. “Só é possível sentar à mesa quando se entende o que os interlocutores estão pedindo”, explicou.

O ministro também sugeriu que existem outros temas sensíveis em discussão, como o Pix, que, segundo ele, estaria gerando incômodo por ser uma tecnologia desenvolvida e mantida pelo Estado brasileiro. “Esse é um expediente do qual não abriremos mão”, disse.

O plano de contingência elaborado por ministérios como Fazenda, Indústria, Relações Exteriores e Casa Civil já foi apresentado ao presidente Lula. Embora as medidas não tenham sido divulgadas, Haddad garantiu que o governo está preparado para diferentes cenários, com prós e contras mapeados.

Questionado sobre possíveis retaliações, Haddad evitou usar o termo e falou em “proteção dos interesses nacionais”. Ele advertiu para o risco de reações impulsivas. “Assim como estou dizendo que Trump pode estar dando um tiro no pé, nós não podemos cometer um erro simétrico”, afirmou.

De acordo com o ministro, a medida norte-americana pode encarecer produtos para os consumidores dos EUA, especialmente alimentos como carne, suco de laranja e frutas tropicais. “Isso penaliza o trabalhador americano e pode até reduzir os preços internos no Brasil”, avaliou.

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