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Haddad tenta mais uma vez amenizar crise com EUA após sanção a Moraes e tarifaço contra produtos brasileiros

Haddad tenta mais uma vez amenizar crise com EUA após sanção a Moraes e tarifaço contra produtos brasileiros

Ministro quer reunião com secretário do Tesouro americano para “esclarecer” funcionamento da Justiça brasileira e discutir tarifas comerciais

Por: Redação

01/08/2025 às 22:36

Imagem de Haddad tenta mais uma vez amenizar crise com EUA após sanção a Moraes e tarifaço contra produtos brasileiros

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (1) que pretende se reunir com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, na próxima semana. A conversa deve abordar dois temas sensíveis: as sanções impostas pelos EUA ao ministro Alexandre de Moraes e o recente tarifaço contra produtos brasileiros.

Haddad classificou o encontro como “muito importante” e disse que deseja “esclarecer como funciona o sistema judiciário brasileiro”, em resposta à aplicação da Lei Magnitsky, instrumento usado pelos EUA para sancionar autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos e restringir liberdades civis.

“Há muita desinformação sobre o tema”, afirmou o ministro, tentando reduzir os impactos diplomáticos da decisão americana.

Na última quarta-feira (30), o Departamento do Tesouro dos EUA publicou comunicado acusando Moraes de autorizar detenções arbitrárias e censura, incluindo casos que envolvem cidadãos e empresas norte-americanas. O texto afirma que o ministro do STF conduz uma “campanha opressiva” e responsabiliza diretamente Moraes por violações de direitos humanos e perseguição política — incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal”, declarou o secretário Scott Bessent.

Além da questão diplomática, Haddad tentará abordar com Bessent o impacto das novas tarifas impostas pelo governo Trump. A partir de 7 de agosto, produtos como café, carnes e frutas estarão sujeitos a uma alíquota de 50% de imposto de importação, medida que deve afetar diretamente a balança comercial brasileira.

Segundo o ministro, 694 produtos brasileiros foram excluídos da lista, mas os itens agrícolas — de forte peso na economia do país — permanecem sob sanção.

“Espero uma reunião mais longa e focada no tema comercial”, declarou Haddad, que não descartou um encontro presencial com o secretário norte-americano.

A tentativa do governo Lula de costurar um diálogo diplomático ocorre num momento de desgaste com os Estados Unidos, especialmente após a sinalização clara de Washington contra práticas autoritárias no Brasil. O Planalto evita confrontos diretos, mas se vê pressionado por aliados a reagir frente às críticas internacionais ao Judiciário e às políticas comerciais do Executivo.

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