Chavismo em alerta máximo: Venezuela mobiliza milícias diante da pressão dos EUA

O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela e número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, afirmou nesta quarta-feira (27) que o governo de Nicolás Maduro se encontra em “alerta máximo” diante do cerco naval dos Estados Unidos próximo à costa do país.

Durante seu programa televisivo “Con el mazo dando”, Cabello declarou que o regime não subestima a ameaça americana e se prepara para enfrentar quaisquer medidas, em meio ao envio de navios de guerra e um submarino nuclear pelos EUA, como parte de uma operação contra o Cartel de los Soles, organização acusada por Washington de estar ligada diretamente a altos oficiais do governo chavista.

O ministro destacou ainda a convocação da Milícia Nacional Bolivariana, apresentada pelo regime como mobilização voluntária para a defesa do país. Veículos internacionais contestam a narrativa chavista, apontando que muitos postos de alistamento estavam vazios ou eram preenchidos por servidores públicos e cidadãos sob pressão.

Cabello criticou opositores, incluindo a líder María Corina Machado, acusando-os de criar uma “ficção” para minimizar a mobilização governamental. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, confirmou que o recrutamento continuará em mais de mil pontos pelo território venezuelano nos próximos dias.

O governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, aumentou a recompensa para US$ 50 milhões por informações que levem à captura de Maduro, acusado de liderar um Estado criminoso envolvido em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A movimentação americana reforça a pressão sobre um regime que segue se mantendo à margem da legalidade internacional.