EUA emitem alerta e recomendam que cidadãos não viajem à Venezuela em meio a tensões com Maduro

A Embaixada dos Estados Unidos na Venezuela divulgou nesta quinta-feira (21) um alerta aos cidadãos americanos para que não viajem ou permaneçam no país devido aos “graves riscos de detenção ilegal, tortura, sequestro, crimes violentos e distúrbios civis”, segundo postagem no X.

O alerta ocorre em meio a uma escalada de tensões entre o governo Donald Trump e a ditadura de Nicolás Maduro. Na semana passada, os Estados Unidos enviaram três navios de guerra às águas do Caribe próximas à Venezuela, como forma de pressionar o regime chavista.

Em julho, um acordo mediado pela administração americana liberou cidadãos dos EUA detidos em Caracas em troca do retorno de venezuelanos enviados pelos EUA a El Salvador. À época, o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que todos os americanos detidos foram libertados.

A tensão aumentou com medidas recentes de Washington: no último dia 7, o governo Trump dobrou a recompensa para quem fornecer informações que levem à prisão de Maduro, chegando a US$ 50 milhões. Em resposta, na segunda-feira (18), o ditador venezuelano ordenou a mobilização de 4,5 milhões de membros da Milícia Bolivariana, apresentando a ação como parte de um “plano de paz”.

A Casa Branca reforçou que está pronta para “usar todo o poder americano” para levar à Justiça os responsáveis pelo tráfico de drogas para os EUA, em declaração da porta-voz Karoline Leavitt, na terça-feira (19).

Desde seu primeiro mandato (2017-2021), Trump já havia suspendido operações da embaixada em Caracas, transferindo a representação diplomática para Bogotá, na Colômbia, em resposta ao histórico de violações do regime de Maduro.