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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou a prote&ccedil;&atilde;o do Servi&ccedil;o Secreto para Kamala Harris, ex-vice-presidente do pa&iacute;s. A decis&atilde;o consta em um documento&nbsp;e deve entrar em vigor em 1&ordm; de setembro.
Pela legisla&ccedil;&atilde;o americana, ex-presidentes t&ecirc;m direito &agrave; prote&ccedil;&atilde;o vital&iacute;cia, enquanto ex-vices contam com o benef&iacute;cio apenas por seis meses ap&oacute;s deixarem o cargo.
No caso de Harris, o prazo teria terminado em 21 de julho, mas foi prorrogado por mais um ano por meio de um despacho assinado pelo ent&atilde;o presidente Joe Biden pouco antes de deixar a Casa Branca.
Trump, no entanto, cancelou a extens&atilde;o ao determinar, em carta ao secret&aacute;rio de Seguran&ccedil;a Interna, a interrup&ccedil;&atilde;o da prote&ccedil;&atilde;o especial concedida a Harris.
<blockquote>
&ldquo;Voc&ecirc; est&aacute; autorizado a descontinuar quaisquer procedimentos relacionados &agrave; seguran&ccedil;a previamente autorizados pelo memorando executivo, al&eacute;m daqueles exigidos por lei&rdquo;, diz o documento.
</blockquote>

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Paulo Figueiredo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR) se manifeste em at&eacute; cinco dias sobre o recurso apresentado pela defesa do jornalista e empres&aacute;rio Paulo Figueiredo. Ele &eacute; acusado de participar de um suposto esquema destinado a pressionar o alto comando do Ex&eacute;rcito a adotar medidas contr&aacute;rias &agrave; ordem democr&aacute;tica.
A den&uacute;ncia da PGR envolve Figueiredo e outros 33 investigados. Segundo a acusa&ccedil;&atilde;o, ele teria incentivado militares por meio de declara&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas, divulgado documentos relacionados ao suposto plano golpista e disseminado informa&ccedil;&otilde;es falsas sobre o sistema eleitoral. O empres&aacute;rio tamb&eacute;m &eacute; apontado como colaborador do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em a&ccedil;&otilde;es nos Estados Unidos, incluindo pedidos de restri&ccedil;&otilde;es comerciais ao Brasil e tentativas de cancelamento de vistos de ministros do STF.
Atualmente nos Estados Unidos, Figueiredo foi notificado por meio de edital, uma pr&aacute;tica utilizada quando n&atilde;o h&aacute; contato direto com o investigado. Em junho, Moraes considerou v&aacute;lida essa forma de cita&ccedil;&atilde;o, citando manifesta&ccedil;&otilde;es do empres&aacute;rio nas redes sociais alegando persegui&ccedil;&atilde;o.
Sem constituir advogado, Figueiredo passou a ser representado pela Defensoria P&uacute;blica da Uni&atilde;o (DPU). O &oacute;rg&atilde;o questiona a validade da notifica&ccedil;&atilde;o e argumenta que postagens em redes sociais n&atilde;o garantem conhecimento integral da acusa&ccedil;&atilde;o. A DPU considera que a aus&ecirc;ncia de acesso completo &agrave; den&uacute;ncia configura nulidade absoluta do processo.
A defesa solicita a suspens&atilde;o da a&ccedil;&atilde;o penal e do prazo prescricional, conforme previsto no C&oacute;digo de Processo Penal em casos de cita&ccedil;&atilde;o por edital sem comparecimento do r&eacute;u. Alternativamente, pede que o STF determine a cita&ccedil;&atilde;o formal do investigado nos Estados Unidos por meio de carta rogat&oacute;ria, utilizando a diplomacia brasileira.
O procurador-geral da Rep&uacute;blica, Paulo Gonet, ter&aacute; agora cinco dias para analisar os argumentos antes que o Supremo avance na tramita&ccedil;&atilde;o do caso.

Maduro Marcelo Camargo Agência Brasil

O ministro do Interior, Justi&ccedil;a e Paz da Venezuela e n&uacute;mero 2 do chavismo, Diosdado Cabello, afirmou nesta quarta-feira (27) que o governo de Nicol&aacute;s Maduro se encontra em &ldquo;alerta m&aacute;ximo&rdquo; diante do cerco naval dos Estados Unidos pr&oacute;ximo &agrave; costa do pa&iacute;s.
Durante seu programa televisivo &ldquo;Con el mazo dando&rdquo;, Cabello declarou que o regime n&atilde;o subestima a amea&ccedil;a americana e se prepara para enfrentar quaisquer medidas, em meio ao envio de navios de guerra e um submarino nuclear pelos EUA, como parte de uma opera&ccedil;&atilde;o contra o Cartel de los Soles, organiza&ccedil;&atilde;o acusada por Washington de estar ligada diretamente a altos oficiais do governo chavista.
O ministro destacou ainda a convoca&ccedil;&atilde;o da Mil&iacute;cia Nacional Bolivariana, apresentada pelo regime como mobiliza&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria para a defesa do pa&iacute;s. Ve&iacute;culos internacionais contestam a narrativa chavista, apontando que muitos postos de alistamento estavam vazios ou eram preenchidos por servidores p&uacute;blicos e cidad&atilde;os sob press&atilde;o.
Cabello criticou opositores, incluindo a l&iacute;der Mar&iacute;a Corina Machado, acusando-os de criar uma &ldquo;fic&ccedil;&atilde;o&rdquo; para minimizar a mobiliza&ccedil;&atilde;o governamental. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino L&oacute;pez, confirmou que o recrutamento continuar&aacute; em mais de mil pontos pelo territ&oacute;rio venezuelano nos pr&oacute;ximos dias.
O governo dos EUA, sob a lideran&ccedil;a de Donald Trump, aumentou a recompensa para US$ 50 milh&otilde;es por informa&ccedil;&otilde;es que levem &agrave; captura de Maduro, acusado de liderar um Estado criminoso envolvido em tr&aacute;fico de drogas e lavagem de dinheiro. A movimenta&ccedil;&atilde;o americana refor&ccedil;a a press&atilde;o sobre um regime que segue se mantendo &agrave; margem da legalidade internacional.

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Segundo o pesquisador Alberto Pfeifer, especialista em geopol&iacute;tica econ&ocirc;mica, as recentes san&ccedil;&otilde;es aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil &nbsp;s&atilde;o, na verdade, parte de uma estrat&eacute;gia mais ampla de conten&ccedil;&atilde;o da influ&ecirc;ncia chinesa na Am&eacute;rica Latina.
Desde o in&iacute;cio de 2025, o Brasil tem consolidado parcerias estrat&eacute;gicas com a China, tornando-se o segundo maior destino de investimentos chineses no exterior. Esse avan&ccedil;o na coopera&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica n&atilde;o passa despercebido por Washington. Pfeifer observa que:&nbsp;&ldquo;&Agrave; medida que o Brasil se aproxima mais da China, mais san&ccedil;&otilde;es dever&aacute; receber dos Estados Unidos &mdash; pol&iacute;ticas, jur&iacute;dicas e econ&ocirc;micas &mdash; gerando impactos internos e enfraquecendo o governo brasileiro.&rdquo;
Essa an&aacute;lise ganha relev&acirc;ncia diante das tens&otilde;es geopol&iacute;ticas contempor&acirc;neas. A crescente interdepend&ecirc;ncia comercial entre Brasil e China cria um cen&aacute;rio desconfort&aacute;vel para os EUA, visto como uma rival global que busca reafirmar sua hegemonia na regi&atilde;o.
O movimento pode representar um ponto de inflex&atilde;o: o Brasil, ao estreitar rela&ccedil;&otilde;es com Pequim, pode se tornar alvo de retalia&ccedil;&otilde;es progressivas de diversas naturezas &mdash; comerciais, financeiras e diplom&aacute;ticas &mdash; por parte da administra&ccedil;&atilde;o americana.

Guillermo Francos

O chefe de gabinete do presidente argentino Javier Milei, Guillermo Francos, afirmou nesta quarta-feira (27) que as acusa&ccedil;&otilde;es de corrup&ccedil;&atilde;o contra Karina Milei, irm&atilde; do presidente e secret&aacute;ria-geral da presid&ecirc;ncia, fazem parte de uma &ldquo;opera&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica&rdquo; com objetivo de desestabilizar o governo.
Francos falou durante sess&atilde;o na C&acirc;mara dos Deputados, convocada pela oposi&ccedil;&atilde;o para prestar esclarecimentos sobre o caso. &ldquo;Enquanto o Congresso Nacional sancionava uma Lei de Emerg&ecirc;ncia sobre Defici&ecirc;ncia, que exige o uso de recursos financeiros dos quais o Estado atualmente n&atilde;o disp&otilde;e, uma opera&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica foi orquestrada com a divulga&ccedil;&atilde;o de supostas grava&ccedil;&otilde;es de &aacute;udio do ex-chefe da Ag&ecirc;ncia Nacional de Defici&ecirc;ncia (Andis)&rdquo;, declarou, segundo o jornal Clar&iacute;n.
As grava&ccedil;&otilde;es, divulgadas pela imprensa na semana passada, atribuem ao ex-diretor-executivo da Andis, Diego Spagnuolo, a acusa&ccedil;&atilde;o de que Karina Milei e Eduardo &ldquo;Lule&rdquo; Menem, assessor presidencial, estariam envolvidos em um esquema de corrup&ccedil;&atilde;o em contratos de fornecimento de medicamentos. Spagnuolo foi demitido ap&oacute;s o esc&acirc;ndalo.
Francos rebateu as den&uacute;ncias e associou a ofensiva ao kirchnerismo. &ldquo;Que fique claro: tanto a aprova&ccedil;&atilde;o de leis que exigem recursos que quebram o equil&iacute;brio fiscal, quanto a difama&ccedil;&atilde;o de funcion&aacute;rios com acusa&ccedil;&otilde;es infundadas, fazem parte do mesmo padr&atilde;o: as a&ccedil;&otilde;es de um pequeno grupo de pessoas que, nesta nova Argentina, n&atilde;o t&ecirc;m mais lugar&rdquo;, disse.
O assessor Eduardo &ldquo;Lule&rdquo; Menem tamb&eacute;m negou qualquer participa&ccedil;&atilde;o em irregularidades. Em publica&ccedil;&atilde;o no X, afirmou nunca ter atuado em contratos da Andis e garantiu n&atilde;o duvidar da integridade de Karina Milei.
Na contram&atilde;o do governo, o advogado Gregorio Dalb&oacute;n, que defende a ex-presidente Cristina Kirchner em processos de corrup&ccedil;&atilde;o, apresentou den&uacute;ncia criminal contra Javier e Karina Milei. Para aliados, a iniciativa faz parte de mais uma tentativa de setores ligados ao kirchnerismo de minar as mudan&ccedil;as propostas pela atual gest&atilde;o.

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