Logo

Paulo Bueno Adv Bolsonaro 848x477

O advogado Paulo Cunha Bueno, integrante da equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta ter&ccedil;a-feira (9) que o ex-mandat&aacute;rio n&atilde;o cometeu atos de viol&ecirc;ncia ou de grave amea&ccedil;a.
Ao chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para o julgamento que analisa cinco supostos crimes atribu&iacute;dos a Bolsonaro, Bueno destacou que &ldquo;fazer live e conversar com comandantes militares&rdquo; n&atilde;o configuram condutas criminosas.
Assim como na semana passada, durante a sustenta&ccedil;&atilde;o oral, o advogado refor&ccedil;ou que, caso o julgamento seja conduzido de forma &ldquo;estritamente jur&iacute;dica&rdquo;, n&atilde;o h&aacute; como Bolsonaro ser condenado. Segundo ele, a expectativa da defesa &eacute; de que o processo &ldquo;seja julgado &agrave; luz da lei&rdquo;.

Site dedicado a informar com agilidade e responsabilidade, trazendo os principais acontecimentos locais, regionais e nacionais.

Flavio Dina Lula Marques Agência Brasil

O ministro Fl&aacute;vio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou nesta ter&ccedil;a-feira (9) que crimes contra o Estado Democr&aacute;tico de Direito n&atilde;o s&atilde;o pass&iacute;veis de anistia. A manifesta&ccedil;&atilde;o ocorreu durante seu voto no julgamento da chamada trama golpista atribu&iacute;da ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a outros sete r&eacute;us.
<blockquote data-start="661" data-end="838">
&ldquo;Crime inafian&ccedil;&aacute;vel e imprescrit&iacute;vel as a&ccedil;&otilde;es de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado democr&aacute;tico&rdquo;, disse Dino, ao destacar a gravidade das acusa&ccedil;&otilde;es.
</blockquote>
Dino foi o segundo a se manifestar, logo ap&oacute;s o relator, ministro Alexandre de Moraes, que defendeu a condena&ccedil;&atilde;o de Bolsonaro e de ex-integrantes do governo, como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Alexandre Ramagem, Mauro Cid, Paulo S&eacute;rgio Nogueira e Almir Garnier. Moraes classificou Bolsonaro como &ldquo;l&iacute;der de uma organiza&ccedil;&atilde;o criminosa&rdquo; que tentou manter-se no poder ap&oacute;s a derrota eleitoral de 2022.
Ao iniciar sua fala, Dino fez quest&atilde;o de separar as For&ccedil;as Armadas do processo, afirmando que a Corte n&atilde;o julga a institui&ccedil;&atilde;o, mas indiv&iacute;duos que teriam se envolvido nos atos.
<blockquote data-start="1446" data-end="1636">
&ldquo;Esse julgamento n&atilde;o &eacute; um julgamento das For&ccedil;as Armadas. Lamentamos que haja pessoas que est&atilde;o sujeitas a este julgamento, mas n&atilde;o se cuida de julgamento de For&ccedil;as Armadas&rdquo;, afirmou.
</blockquote>
O ministro tamb&eacute;m chamou aten&ccedil;&atilde;o para a recorr&ecirc;ncia de crises institucionais no pa&iacute;s:
<blockquote data-start="1727" data-end="1852">
&ldquo;N&atilde;o &eacute; normal que a cada 20 anos n&oacute;s tenhamos eventos de tentativa ou de ruptura do tecido constitucional&rdquo;, destacou.
</blockquote>
Com o voto de Dino, o julgamento da Primeira Turma avan&ccedil;a para as manifesta&ccedil;&otilde;es dos demais ministros. O pr&oacute;ximo a votar &eacute; Luiz Fux.

Flavio Bolsonaro Fabio Rodrigues Pozzebom Agência Brasil

O senador Fl&aacute;vio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu nesta ter&ccedil;a-feira (9) ao voto do ministro Alexandre de Moraes, relator da a&ccedil;&atilde;o penal no Supremo Tribunal Federal (STF) que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete r&eacute;us por tentativa de golpe de Estado e crimes correlatos. O filho mais velho do ex-presidente afirmou que a decis&atilde;o de Moraes &eacute; baseada em &ldquo;raiva e &oacute;dio&rdquo;.
<blockquote data-start="817" data-end="1199">
&ldquo;&Eacute; uma tristeza no cora&ccedil;&atilde;o ver como uma pessoa pronuncia um voto pol&iacute;tico com tanta raiva, fala com tanto &oacute;dio. Parecia um l&iacute;der do governo do PT no Supremo, proferindo palavras sem embasamento jur&iacute;dico, sem vincula&ccedil;&atilde;o com absolutamente nenhuma prova, como quem est&aacute; ali praticando uma vingan&ccedil;a, porque na cabe&ccedil;a dele parece que Jair Bolsonaro queria mat&aacute;-lo&rdquo;, disse Fl&aacute;vio.
</blockquote>
Em seu voto, Moraes sustentou que &ldquo;n&atilde;o h&aacute; d&uacute;vida de que houve tentativa de aboli&ccedil;&atilde;o do Estado Democr&aacute;tico de Direito&rdquo; e classificou Bolsonaro como &ldquo;l&iacute;der da organiza&ccedil;&atilde;o criminosa&rdquo; que tentou se manter no poder ap&oacute;s a derrota nas elei&ccedil;&otilde;es de 2022.
<blockquote data-start="1455" data-end="1797">
&ldquo;O r&eacute;u Jair Messias Bolsonaro exerceu a fun&ccedil;&atilde;o de l&iacute;der da estrutura criminosa, e recebeu ampla contribui&ccedil;&atilde;o de integrantes do governo federal e das For&ccedil;as Armadas, utilizando-se da estrutura do Estado brasileiro para a implementa&ccedil;&atilde;o de seu projeto autorit&aacute;rio de poder, conforme fartamente demonstrado nos autos&rdquo;, afirmou o ministro.
</blockquote>
A Primeira Turma do STF retomou nesta ter&ccedil;a a fase dos votos dos magistrados. O pr&oacute;ximo a se manifestar ser&aacute; o ministro Fl&aacute;vio Dino, seguido de Luiz Fux, apontado como potencial contraponto &agrave; posi&ccedil;&atilde;o de Moraes por levantar quest&otilde;es sobre aspectos formais do processo e sobre a dosimetria das penas.

Jason Miller.jpg

O conselheiro pol&iacute;tico de Donald Trump, Jason Miller, voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma da Corte. Em publica&ccedil;&atilde;o nas redes sociais nesta ter&ccedil;a-feira (9), Miller classificou o magistrado como &ldquo;a maior amea&ccedil;a &agrave; democracia no Hemisf&eacute;rio Ocidental&rdquo;.
Segundo o norte-americano, Moraes estaria conduzindo um processo de &ldquo;lawfare pol&iacute;tico&rdquo; com o objetivo de impedir Bolsonaro de concorrer novamente. &ldquo;Moraes &eacute; um g&acirc;ngster de terceira categoria, disposto a usar persegui&ccedil;&atilde;o judicial para manter o presidente Bolsonaro fora das urnas&rdquo;, escreveu.
As declara&ccedil;&otilde;es de Miller se somam ao crescente embate internacional em torno das decis&otilde;es do STF relacionadas ao ex-presidente. Pr&oacute;ximo a Trump e um dos principais articuladores de sua campanha, ele tem reiterado cr&iacute;ticas &agrave; atua&ccedil;&atilde;o de Moraes, acusando-o de ultrapassar os limites constitucionais e de comprometer o sistema democr&aacute;tico brasileiro.

Bancoimagemfotoaudiencia Ap 462923

O deputado federal Zucco (PL-RS) afirmou nesta ter&ccedil;a-feira (9) que a &ldquo;esperan&ccedil;a jur&iacute;dica&rdquo; da oposi&ccedil;&atilde;o &eacute; o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedir vista no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete r&eacute;us acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022.
<blockquote>
&ldquo;A esperan&ccedil;a &eacute; que o ministro Fux esteja vendo o que os advogados constitu&iacute;dos j&aacute; abordaram em suas defesas, que n&atilde;o tiveram tempo h&aacute;bil para analisar todas as provas trazidas, e que ele possa pedir mais um tempo de an&aacute;lise. Essa &eacute; a esperan&ccedil;a jur&iacute;dica&rdquo;, declarou Zucco a jornalistas na sede do STF.
</blockquote>
Segundo as defesas, o processo re&uacute;ne mais de 70 terabytes de arquivos, volume considerado imposs&iacute;vel de ser examinado integralmente no prazo concedido. Para o parlamentar, um eventual pedido de vista representaria respeito ao direito de ampla defesa.
Indagado se ficaria decepcionado caso Fux n&atilde;o interrompesse o julgamento, Zucco disse que n&atilde;o:
<blockquote>
&ldquo;N&atilde;o, n&atilde;o &eacute; isso que causa decep&ccedil;&atilde;o. Ele est&aacute; ali para fazer o seu papel. Eu acredito que, pela coer&ecirc;ncia com o que est&aacute; sendo dito ali, que os advogados falaram, que n&atilde;o tiveram a ampla defesa. E &eacute; nesse sentido que esperamos que seja feita a justi&ccedil;a&rdquo;.
</blockquote>
O deputado leu suas declara&ccedil;&otilde;es a partir de anota&ccedil;&otilde;es no celular.
&nbsp;
Apoio &agrave; anistia
Zucco tamb&eacute;m defendeu o avan&ccedil;o de projetos que concedem anistia a investigados e condenados pelos atos de 8 de janeiro, incluindo Bolsonaro. Segundo ele, j&aacute; haveria maioria na C&acirc;mara para levar a proposta ao plen&aacute;rio.
<blockquote>
&ldquo;O c&aacute;lculo &eacute; de mais de 300 votos. Ningu&eacute;m est&aacute; pedindo aqui para aprovar a anistia, mas se h&aacute; apoio suficiente, por que n&atilde;o pautar?&rdquo;, questionou.
</blockquote>

Advogado de Bolsonaro nega atos de violência e questiona acusações no STF

Defesa afirma que conversas com militares e lives do ex-presidente não configuram crime

Assine nossa news letter

Relacionadas

"Crimes contra a democracia não podem ser anistiados", afirma Dino

Flávio Bolsonaro critica voto de Moraes e diz que ministro agiu com “raiva e ódio”

Aliado de Trump chama Moraes de “ameaça à democracia” em julgamento de Bolsonaro

Oposição aposta em pedido de vista de Fux no julgamento de Bolsonaro