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Alcolumbre anuncia instalação da CPI do Crime Organizado após megaoperação no Rio
Alcolumbre anuncia instalação da CPI do Crime Organizado após megaoperação no Rio
Comissão do Senado começa na próxima terça-feira (4) e terá como foco a atuação de milícias e facções criminosas; criação ocorre em meio à escalada da violência no estado fluminense
Por: Redação
29/10/2025 às 20:51

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta quarta-feira (29) a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado para a próxima semana. O colegiado será oficialmente aberto na terça-feira (4) e terá como objetivo investigar a estruturação, expansão e funcionamento das facções criminosas e das milícias em todo o país.
A decisão ocorre um dia após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 100 mortes, incluindo quatro policiais, nos complexos do Alemão e da Penha — ação considerada a mais letal da história do estado.
“É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, afirmou Alcolumbre em nota oficial.
CPI ganha força após pressão política
A criação da CPI havia sido aprovada em junho, a partir de requerimento do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), mas sua instalação vinha sendo adiada por disputas de pauta no Senado. A repercussão nacional da operação no Rio e a pressão de governadores de direita — que defendem o endurecimento no combate ao crime — aceleraram a decisão de Alcolumbre de colocar o tema em andamento.
Segundo o presidente do Senado, a comissão “irá apurar com independência e profundidade a atuação de facções, milícias e redes criminosas infiltradas em diferentes esferas do poder público”.
Nos bastidores, a CPI é vista como uma tentativa de reunir esforços nacionais no enfrentamento do narcotráfico, mas também como uma resposta política ao governo federal, acusado por opositores de adotar uma postura branda diante da escalada da criminalidade.
“Não é mais possível assistir passivamente ao avanço das facções. O Congresso precisa assumir seu papel de fiscalização e cobrança”, declarou um senador aliado ao grupo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Cláudio Castro (PL-RJ).
Contexto de tensão
A decisão de instalar a CPI ocorre em meio à crise entre o governo do Rio de Janeiro e o Supremo Tribunal Federal (STF), após o ministro Alexandre de Moraes determinar que Castro preste esclarecimentos formais sobre a megaoperação. Enquanto o governo Lula prega “prudência e proporcionalidade” nas ações policiais, governadores conservadores defendem o uso firme da força do Estado contra o crime organizado.
A CPI do Crime Organizado deverá ter prazo inicial de 180 dias, com possibilidade de prorrogação, e contará com 11 titulares e 11 suplentes indicados pelos blocos partidários até o início da próxima semana.
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