Conta de água do Palácio de Alckmin chega a quase meio milhão

Desde que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) assumiu o Palácio do Jaburu, a despesa com água da residência oficial ultrapassou R$ 479 mil, valor bancado integralmente pelo contribuinte. O montante cobre o abastecimento de piscinas, banheiras e jardins ornamentais, que compõem o luxuoso palacete projetado por Oscar Niemeyer e cercado pelos jardins de Burle Marx.

De acordo com o Diário do Poder, o Jaburu ocupa uma área de 190 mil m², e o consumo acumulado nos dois primeiros anos de Alckmin foi de 7.825 m³, chegando a 11.690 m³ após 34 meses de governo. Apenas em julho de 2025, a conta atingiu R$ 25.699, a mais alta desde o início da atual gestão.

A assessoria do vice-presidente afirmou que o consumo deve ser o parâmetro de comparação e alegou que a conta reflete o reajuste do preço do metro cúbico ao longo dos anos — que subiu de R$ 25,92 em 2019 para R$ 40,78 em 2024.

Ainda segundo a assessoria, “o consumo de água do Palácio do Jaburu foi substancialmente diminuído em relação às gestões anteriores”, seguindo as orientações de Alckmin sobre o “compromisso com a qualidade do gasto público”.

Apesar da justificativa, o caso gerou forte repercussão nas redes sociais, com críticas à ostentação e ao custo de manutenção do imóvel oficial, especialmente em um momento de crise econômica e aumento do custo de vida para a população.