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Denúncia aponta que entidade ligada ao PT tentou descontar benefícios de mais de 20 pessoas já falecidas

Denúncia aponta que entidade ligada ao PT tentou descontar benefícios de mais de 20 pessoas já falecidas

Por: Redação

11/10/2025 às 15:59

Imagem de Denúncia aponta que entidade ligada ao PT tentou descontar benefícios de mais de 20 pessoas já falecidas

Foto: Reprodução

Uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), remetida à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, revelou que a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) teria tentado realizar descontos de benefícios previdenciários de, pelo menos, 22 aposentados e pensionistas já falecidos. A prática teria sido feita em anos recentes — 2021, 2023 e 2024 —, conforme documento oficial em poder do Congresso.

Os fatos levantados

De acordo com o relatório da CGU, a contabilidade aponta que os casos envolveram pessoas que faleceram, em alguns casos, vários anos antes do desconto ter sido tentado. Em uma das situações relatadas, o benefício foi alvo de desconto quando o beneficiário já estava morto havia quatro anos.

A entidade foi alvo ainda de outras denúncias: entre elas, movimentações de R$ 3,4 bilhões em descontos não autorizados, segundo apurações da CGU.

Em nota pública, a Contag afirmou que não teve acesso ao relatório completo e negou qualquer irregularidade consciente. A entidade alegou que todas as autorizações apontadas pela CGU foram assinadas antes do óbito dos beneficiários e em conformidade com documentos comprobatórios. Segundo a confederação, em alguns casos, atrasos na implementação do sistema do INSS (o PDMA do Dataprev) teriam contribuído para processamento tardio e indevido dos descontos.

Repercussão política e institucional

A denúncia ganhou força política por causa da ligação da Contag ao Partido dos Trabalhadores (PT). A confederação tem histórico de apoio a candidaturas petistas e já participou de eventos vinculados ao governo federal. A presidente da Contag, Vânia Marques Pinto, que está à frente da entidade desde 2025, foi convocada pela CPMI para prestar esclarecimentos.

A situação expõe fragilidades no controle interno do INSS e no sistema de monitoramento de benefícios previdenciários, enquanto coloca em evidência o risco de captação política por entidades representativas que atuam junto ao Estado.

Para especialistas em administração pública e auditoria previdenciária, casos como este reforçam a urgência na implementação de mecanismos automáticos de cruzamento de dados (óbitos, cadastros civis, bases registradas) e responsabilização das entidades que participam operacionalmente da gestão de benefícios.

Agora cabe à CPMI do INSS avançar nas investigações, colher depoimentos e exigir documentos, para definir se houve crime de fraude previdenciária, gestão indevida ou outras implicações jurídicas sob a competência da esfera federal.

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