Ex-diretor do INSS admite ter recebido R$ 2 milhões
Alexandre Guimarães prestou depoimento à CPMI e alegou que valores foram resultado de prestação de serviços à empresa do “Careca do INSS”
Por: Redação
28/10/2025 às 07:50

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS (CPMI) ouviu nesta segunda-feira (27) o ex-diretor de Governança do instituto Alexandre Guimarães, investigado por suposta participação em um esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios de aposentados. O caso foi revelado por reportagens do Metrópoles e é alvo de inquérito da Polícia Federal.
Guimarães admitiu ter recebido mais de R$ 2 milhões de Antônio Carlos Camilo Antunes — conhecido como “Careca do INSS” — por meio de transações entre a empresa dele, Vênus Consultoria, e a Brasília Consultoria, controlada por Antunes e seu filho. O empresário está preso sob acusação de chefiar uma organização criminosa responsável pelos descontos ilegais.
Durante o depoimento, o ex-diretor negou que os valores estivessem ligados a qualquer vantagem indevida.
“Eu não recebi do senhor Antônio. Eu recebi da empresa para a qual eu prestava serviço”, declarou ao relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).
Guimarães afirmou que abriu a Vênus Consultoria especificamente para atender à demanda da Brasília Consultoria, mas que encerrou as atividades após a deflagração da Operação Sem Desconto, em abril deste ano. A operação revelou que o esquema movimentou cerca de R$ 2 bilhões em um ano e levou à queda do então presidente do INSS e do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Segundo a PF, os R$ 2 milhões não foram o único valor recebido. Entre março e maio de 2023, Guimarães teria obtido mais R$ 313,2 mil de Antunes. Ele ocupou o cargo de diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS entre maio de 2021 — durante o governo de Jair Bolsonaro — e o início da atual gestão, sob Luiz Inácio Lula da Silva.
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