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Hugo Motta sinaliza urgência para votação da anistia aos condenados do 8 de Janeiro
Hugo Motta sinaliza urgência para votação da anistia aos condenados do 8 de Janeiro
Presidente da Câmara recebe pressão de bolsonaristas; Planalto se articula para barrar proposta
Por: Redação
16/09/2025 às 13:09

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou a líderes partidários nesta terça-feira (16) que pautará a urgência do projeto de lei que prevê anistia aos participantes dos atos de 8 de Janeiro de 2023. A decisão foi comunicada na abertura de reunião com parlamentares, segundo relatos de dois participantes.
A tendência é que a urgência seja apreciada já na quarta-feira (17), após a votação da PEC da Blindagem. Motta também comunicou a decisão ao Palácio do Planalto e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem almoçou. Lula reafirmou sua oposição à concessão de anistia aos envolvidos nos ataques aos Três Poderes.
Segundo aliados, Motta tem recebido forte pressão de deputados bolsonaristas, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos padrinhos políticos do parlamentar. Apesar disso, ele tem sinalizado que não defende uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, buscando um meio termo.
O Planalto articula medidas para impedir a inclusão da pauta no plenário. A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) convocou reunião com a ala política do governo para definir estratégias, que incluem intervenção junto às bancadas e licenças de ministros com mandato na Câmara para poder votar contra a urgência. Outra tática em estudo é estimular a ausência de deputados na hora da votação, reduzindo o quórum necessário.
Fontes governistas também indicam que o governo pode rever indicações a cargos federais e liberar emendas do Orçamento de forma seletiva para pressionar parlamentares contrários à anistia.
Na segunda-feira (15), Motta ainda trocou o relator da PEC da Blindagem, substituindo Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) por Cláudio Cajado (PP-BA), estratégia que, segundo interlocutores do centrão, pode ajudar a criar um ambiente favorável à negociação da anistia e acalmar tensões no plenário.
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