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Lewandowski e Castro anunciam criação de escritório emergencial contra o crime organizado

Lewandowski e Castro anunciam criação de escritório emergencial contra o crime organizado

Após dias de tensão e críticas mútuas, ministro da Justiça e governador do Rio acertam cooperação para conter crise na segurança pública; governo Lula, porém, descarta classificar facções como terroristas

Por: Redação

29/10/2025 às 21:14

Imagem de Lewandowski e Castro anunciam criação de escritório emergencial contra o crime organizado

Foto: Reprodução/YouTube

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciaram nesta quarta-feira (29) a criação de um Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, em meio à pior crise de segurança pública do estado em anos.

O novo órgão, que será coordenado pelo secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, e pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, deve integrar ações estaduais e federais contra o avanço das facções criminosas — sobretudo o Comando Vermelho (CV).

“É uma grande oportunidade para viabilizar ações 100% integradas e diminuir a burocracia no combate ao crime”, disse Castro, agradecendo aos integrantes do governo federal “que querem somar e enfrentar a crise”.

 

Reaproximação após atrito

O encontro no Palácio Guanabara ocorreu depois de dias de tensão política entre o Planalto e o governo fluminense, que trocaram acusações sobre a falta de apoio federal à megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, a mais letal da história do Rio, com 119 mortos.

Na coletiva, Lewandowski afirmou que é necessário “cooperar esquecendo diferenças político-partidárias” e que o problema da violência no Rio “é de toda a federação”. O ministro também minimizou o atrito envolvendo a Polícia Federal, que havia recusado participação na operação, alegando que “essas trocas de informações são corriqueiras entre as forças de segurança”.

Castro, por sua vez, elogiou o esforço de diálogo e disse não ter feito uso político da recusa da PF. “Esses contatos são comuns. Não usei isso como falta de apoio. O que importa é trabalhar pelo Rio”, afirmou o governador.

 

Governo Lula recusa classificar facções como terroristas

Durante a coletiva, Lewandowski descartou equiparar o PCC e o Comando Vermelho a organizações terroristas, posição que contrasta com a adotada recentemente pela Argentina, que classificou ambas as facções como “narcoterroristas”.

“O terrorismo envolve atuação política e ideológica. As facções criminosas têm finalidade objetiva: o lucro através do crime. Misturar os dois conceitos só dificultaria o combate”, declarou o ministro.

Em maio, o governo já havia informado aos Estados Unidos que não pretendia alterar a legislação para incluir o PCC e o CV na lista de grupos terroristas, contrariando pedidos de endurecimento feitos por autoridades norte-americanas e pela oposição no Congresso.

O Escritório Emergencial deverá iniciar suas atividades imediatamente, com reforço de agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional no estado. Segundo Lewandowski, o objetivo é “dar respostas rápidas em momentos de crise” e reduzir entraves burocráticos nas operações conjuntas.

Apesar da aproximação, a diferença de postura entre Castro e o governo federal permanece evidente. Enquanto o governador defende ação dura contra o narcotráfico e valorização das forças policiais, o Planalto e o STF têm insistido em restrições a operações de alto impacto, sob a justificativa de proteção aos direitos humanos.

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