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Moraes volta a pressionar Filipe Martins e direita denuncia perseguição judicial
Moraes volta a pressionar Filipe Martins e direita denuncia perseguição judicial
Ex-assessor de Bolsonaro é cobrado por falha mínima em tornozeleira, apesar de nunca ter descumprido medidas
Por: Redação
29/10/2025 às 08:33

Foto: Divulgação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, voltou a pressionar o ex-assessor de assuntos internacionais de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, exigindo que sua defesa explique uma suposta “falha” no monitoramento da tornozeleira eletrônica no dia 23 de outubro, entre 17h50 e 18h53 — pouco mais de uma hora sem sinal de GPS. O magistrado deu cinco dias para que os advogados apresentem justificativas, sob pena de prisão imediata .
A decisão foi vista por parlamentares e juristas como mais um episódio de perseguição política contra aliados do ex-presidente Bolsonaro, uma vez que o relatório da Polícia Penal do Paraná aponta apenas uma perda de sinal de dois minutos, e não de uma hora, conforme alegado pelo ministro.
“Foi uma falha técnica pontual, ocorrida quando Filipe estava em casa, fora do horário de recolhimento. Nunca houve descumprimento de qualquer medida judicial”, afirmou o advogado Jeffrey Chiquini, que classificou o rigor da decisão como “exagerado e desproporcional”.
Abuso de autoridade e censura política
Filipe Martins está há mais de um ano sob prisão domiciliar e proibido de usar redes sociais, conceder entrevistas ou se manifestar politicamente — restrições que seus defensores consideram inconstitucionais. O caso ganhou notoriedade após a Polícia Federal acusá-lo falsamente de tentar fugir para os EUA, versão desmentida pelo Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP), que confirmou não haver qualquer registro de entrada no país.
Mesmo com as provas, Moraes manteve as restrições, o que reforça críticas de que o ministro atua de forma política em casos envolvendo conservadores e aliados da direita. Para analistas, o caso Filipe Martins ilustra o uso abusivo do Judiciário como ferramenta de coerção ideológica.
O advogado pretende ingressar com pedido de revogação imediata das medidas cautelares, afirmando que o ex-assessor “é alvo de uma perseguição judicial sem precedentes na história democrática do país”.
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