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PP evita racha e apenas afasta André Fufuca após apoio declarado a Lula

PP evita racha e apenas afasta André Fufuca após apoio declarado a Lula

Partido Progressistas decide intervir no diretório do Maranhão e retirar o ministro de cargos internos, mas mantém a filiação em meio à pressão por coerência ideológica

Por: Redação

08/10/2025 às 15:11

Imagem de PP evita racha e apenas afasta André Fufuca após apoio declarado a Lula

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Partido Progressistas (PP) decidiu nesta quarta-feira (8) afastar o ministro do Esporte, André Fufuca (MA), de todas as suas funções partidárias, incluindo a vice-presidência nacional e o comando da legenda no Maranhão. A medida, porém, não incluiu a expulsão do ministro, que seguirá filiado ao partido mesmo após declarar apoio público à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão foi tomada pela Executiva Nacional do PP, liderada pelo senador Ciro Nogueira (PI), que reiterou que a sigla “não faz e não fará parte do atual governo” e “não compartilha qualquer afinidade ideológica ou programática com a gestão Lula”. Segundo Nogueira, a permanência de Fufuca no ministério foi um ato pessoal, em desacordo com a orientação partidária.

 

“Erro de 2022” e fidelidade a Lula

Dois dias antes da decisão, Fufuca participou de um evento com o presidente Lula em Imperatriz (MA), onde declarou apoio à reeleição petista em 2026.

“Em 2022, eu cometi um erro. Agora, em 2026, pode ser que o meu corpo esteja amarrado, mas a minha alma e o meu coração estarão livres para ajudar Lula a ser presidente do Brasil”, afirmou o ministro, reconhecendo arrependimento por ter apoiado Jair Bolsonaro nas últimas eleições.

A fala causou incômodo na cúpula progressista, que vinha pressionando Fufuca a deixar o governo federal, após o partido anunciar, junto com o União Brasil, a saída da base aliada no início de setembro.

 

Decisão sem efeito prático

Apesar do tom duro da nota oficial, o afastamento tem pouco impacto prático. Fufuca continuará ministro e pode até permanecer filiado ao PP ou buscar outra legenda para disputar as eleições de 2026.

O episódio, segundo analistas, expõe uma contradição histórica do partido, que, embora mantenha um discurso de oposição, costuma preservar espaços de poder em diferentes governos.

 

Ciro Nogueira tenta manter unidade

Para Ciro Nogueira, a punição foi uma forma de manter a coesão interna sem acirrar divisões. O senador destacou que o PP seguirá “fiel à oposição” e defendeu que o partido “não é linha auxiliar do governo”.

Ainda assim, a decisão indica uma tolerância política com figuras do partido que mantêm relações próximas com o Planalto — algo comum em legendas do chamado centrão.

Fufuca assumiu o Ministério do Esporte em 2023, substituindo Ana Moser, demitida durante a primeira reforma ministerial do governo Lula. Na época, o gesto foi visto como uma tentativa do Planalto de atrair o apoio do centrão para garantir estabilidade no Congresso.

Mesmo com a crise atual, o ministro segue próximo de líderes governistas e não dá sinais de que deixará o cargo.

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