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TST desiste de construir sala VIP com dinheiro público no aeroporto de Brasília

TST desiste de construir sala VIP com dinheiro público no aeroporto de Brasília

Após críticas, tribunal rescinde contrato de R$ 1,5 milhão que previa espaço exclusivo para ministros, com copa e transporte direto até aeronaves

Por: Redação

08/10/2025 às 22:28

TST desiste de Sala VIP no aeroporto de Brasília

Foto: Daniel Brooke Peig / Wikimedia

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) anunciou nesta quarta-feira (8) que rescindiu o contrato para construção de uma sala VIP exclusiva para seus ministros no Aeroporto Internacional de Brasília, projeto que seria financiado com recursos públicos. A decisão, segundo o presidente da Corte, Vieira de Mello Filho, foi “unânime” entre os magistrados

“Foi uma decisão unânime do tribunal. Considero uma página virada”, declarou o presidente do TST, em entrevista ao colunista Carlos Juliano Barros, do UOL.

O projeto, orçado em R$ 1,5 milhão, previa um espaço de 44 metros quadrados com piso de granito, copa, banheiros privativos e acesso direto às aeronaves, reservado aos 27 ministros da Corte.

 

Custos e justificativas

A iniciativa vinha sendo criticada por seu alto custo e caráter de privilégio institucional. O contrato incluía R$ 30 mil mensais de aluguel, além de R$ 2,6 mil em taxas extras, valor considerado excessivo diante do cenário fiscal do país.

O TST havia justificado o projeto alegando “questões de segurança”, afirmando em nota à Folha de S. Paulo que os ministros poderiam sofrer “aproximação de indivíduos mal-intencionados ou inconvenientes” nas áreas comuns do aeroporto.

 

Repercussão pública e desistência

A proposta gerou ampla repercussão negativa nas redes sociais e entre servidores públicos, levando o tribunal a recuar. Parlamentares e entidades civis acusaram o TST de “uso indevido de recursos públicos” e “descolamento da realidade da população”.

O episódio ocorreu poucos dias após revelações de que o tribunal também planejava a compra de carros de luxo híbridos para os ministros, avaliados em R$ 10 milhões — o que reforçou críticas sobre gastos supérfluos no Judiciário.

A desistência é vista como uma tentativa de conter danos à imagem do TST, em meio ao aumento da pressão social por transparência e austeridade no uso do dinheiro público.
O tribunal informou que o valor empenhado será revertido para outras finalidades administrativas, mas não detalhou se haverá investigação sobre eventuais responsabilidades na contratação.

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