Início
/
Notícias
/
Mundo
/
Prefeito é assassinado no México após denunciar cartéis e pedir ajuda ao governo de esquerda
Prefeito é assassinado no México após denunciar cartéis e pedir ajuda ao governo de esquerda
Carlos Manzo, prefeito de Uruapan, foi morto a tiros durante cerimônia do Dia dos Mortos; ele havia alertado sobre a escalada da violência e pedido intervenção federal que nunca veio
Por: Redação
03/11/2025 às 07:06

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O prefeito Carlos Manzo, da cidade de Uruapan, no Estado de Michoacán (México), foi assassinado a tiros neste sábado (1º) durante uma cerimônia pública do Dia dos Mortos. O ataque, que aconteceu diante de dezenas de pessoas, intensificou a crise de violência que assola o país há anos e expôs a incapacidade do governo de esquerda de Claudia Sheinbaum de conter o avanço dos cartéis .
Manzo, que havia denunciado ameaças de grupos criminosos e pedido reforço policial, foi atacado enquanto fazia uma transmissão ao vivo pelas redes sociais. O criminoso responsável foi morto pela polícia, e outros dois suspeitos foram presos. O prefeito, eleito para o mandato 2024–2027, estava sob proteção da Guarda Nacional, mas o reforço prometido pelas autoridades nunca foi efetivamente implementado .
“Infelizmente, os agressores se aproveitaram da vulnerabilidade de um evento público para realizar o ataque”, declarou Omar García Harfuch, secretário de Segurança e Proteção Cidadã do México.
Segundo o Ministério Público local, foram apreendidas uma pistola e sete cápsulas de munição no local. Um vereador que acompanhava o evento também foi baleado, mas sobreviveu .
A presidente Claudia Sheinbaum, que assumiu prometendo “paz e justiça”, limitou-se a publicar uma nota de repúdio nas redes sociais, dizendo “condenar o ataque com firmeza”. A reação foi considerada tardia e protocolar, já que o próprio prefeito havia implorado ajuda federal semanas antes, sem receber resposta.
A região de Michoacán é uma das mais violentas do país e serve de palco para disputas entre os cartéis Jalisco Nova Geração, La Familia Michoacana, Cavaleiros Templários e Carteles Unidos — todos envolvidos em tráfico de drogas, extorsão e sequestros. Só em 2025, o estado já registrou mais de 1.300 homicídios, colocando o México entre os países mais violentos do mundo .
O assassinato de Manzo se soma a uma longa lista de prefeitos, jornalistas e empresários mortos por denunciar o crime organizado — um retrato trágico do fracasso das políticas de segurança da esquerda mexicana, que priorizam o discurso ideológico e a autopromoção política em detrimento da vida dos cidadãos.
Veja mais em >>> Rede Comunica Brasil
Assine nossa news letter
Receba as principais notícias do dia direto no seu e-mail.




