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Juiz relata tortura de moradores pelo Comando Vermelho e autoriza megaoperação no Rio

Juiz relata tortura de moradores pelo Comando Vermelho e autoriza megaoperação no Rio

Decisão judicial cita domínio de 12 comunidades pela facção e vídeos de execuções brutais que levaram à deflagração da Operação Contenção

Por: Redação

30/10/2025 às 09:53

Imagem de Juiz relata tortura de moradores pelo Comando Vermelho e autoriza megaoperação no Rio

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A decisão judicial que embasou a Operação Contenção, deflagrada no Rio de Janeiro, revelou detalhes chocantes sobre o domínio e as práticas de tortura do Comando Vermelho (CV) em comunidades da zona norte da capital fluminense. O documento, assinado pelo juiz Leonardo Rodrigues da Silva Picanço, da 42ª Vara Criminal, aponta que moradores do Complexo da Penha e de áreas vizinhas viviam sob controle armado da facção, que impunha medo e violência sistemática.

A decisão autorizou mais de 60 prisões preventivas, resultado de uma investigação conjunta entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e as polícias Civil e Militar. O saldo da operação, segundo o governo estadual, foi de 113 prisões, 118 armas apreendidas, 14 explosivos confiscados e 119 mortos, entre eles quatro policiais.

O inquérito teve início após uma denúncia anônima recebida em janeiro de 2024, relatando uma reunião da cúpula do Comando Vermelho para planejar a expansão territorial da facção. A partir dessa informação, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) abriu investigação, que levou à descoberta de provas contundentes de crimes de tortura, associação para o tráfico, uso de armas de fogo e aliciamento de menores.

Entre as evidências, constam vídeos de tortura extrema. Em uma das gravações, um morador aparece amarrado, amordaçado e arrastado por um carro, suplicando por perdão a um dos líderes do CV. Em outra, um homem ensanguentado parece aceitar a morte para encerrar o sofrimento. Segundo o magistrado, as cenas confirmam “o exercício de poder paralelo e a supressão do Estado em vastas áreas da zona norte”.

O documento judicial ainda cita que pelo menos 12 comunidades estariam sob domínio direto da facção, reforçando o alerta sobre a expansão organizada do Comando Vermelho e o enfraquecimento da presença estatal em regiões críticas do Rio de Janeiro.

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