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Venezuela ativa plano militar em resposta aos EUA e fala em “resistir pelo tempo que for necessário”
Venezuela ativa plano militar em resposta aos EUA e fala em “resistir pelo tempo que for necessário”
Maduro mobiliza forças armadas e milícias bolivarianas após operações navais norte-americanas no Caribe; regime acusa Washington de preparar intervenção
Por: Redação
08/10/2025 às 22:07

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira (8) a ativação do Plano Independência 200, uma mobilização militar total em resposta à operação que os Estados Unidos realizam no Mar do Caribe, próxima à costa venezuelana.
“A partir da meia-noite teve início o exercício Independência 200, com a ativação integral de todos os planos de defesa, resistência e ofensiva permanente nas Zonas de Defesa Integral de La Guaira e Carabobo”, declarou Maduro em vídeo publicado no Telegram.
Segundo o líder chavista, há 27 tarefas designadas para “garantir e proteger integralmente” as duas zonas, e o plano representa “a mobilização da máquina militar e popular em defesa da pátria”.
Diosdado Cabello lidera operações internas
O ministro do Interior e número dois do regime, Diosdado Cabello, coordenou um evento em La Guaira ao lado do governador José Alejandro Terán, marcando o início da operação.
Cabello afirmou que o país está “se mobilizando de forma organizada” diante do que chamou de “cerco imperialista dos Estados Unidos”.
“Agiremos em todas as frentes para resistir, pelo tempo que for necessário, aos ataques que querem fazer contra o país”, declarou
O ministro também mencionou que as forças de segurança realizarão verificações e atividades de proteção em aeroportos, portos e instituições públicas, com o objetivo de garantir o controle territorial e operacional.
Plano inclui 284 frentes de batalha
O Plano Independência 200, lançado em setembro, prevê a participação da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e dos Corpos Combatentes da Milícia Bolivariana em 284 frentes de batalha, com o propósito declarado de “garantir a independência e a paz nacional”.
De acordo com o regime, as ações buscam reforçar a soberania e responder às movimentações militares norte-americanas, vistas por Caracas como “provocação e ameaça de invasão”.
EUA realizam operações antidrogas na região
A tensão aumentou após os Estados Unidos iniciarem, no fim de agosto, uma operação naval no Caribe com o objetivo declarado de combater o narcotráfico. A ofensiva resultou no bombardeio de cinco embarcações suspeitas de transportar drogas perto do litoral venezuelano.
O governo Maduro, no entanto, considera a ação uma “desculpa para justificar uma intervenção militar”, elevando a retórica belicista e convocando manifestações patrióticas em todo o país
Escalada e isolamento internacional
O movimento militar reforça o isolamento diplomático da Venezuela, já alvo de sanções econômicas e condenações internacionais por violações de direitos humanos.
Analistas afirmam que o endurecimento da retórica chavista visa mobilizar a base interna, em um momento de crise econômica e instabilidade política. Enquanto isso, Washington mantém pressão para restaurar eleições livres e libertar presos políticos no país.
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