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Após derrota na Câmara, governo Lula aposta em taxação de apostas online para reforçar caixa
Após derrota na Câmara, governo Lula aposta em taxação de apostas online para reforçar caixa
Planalto busca compensar perda de arrecadação com o fim da MP do IOF e aposta em narrativa de “justiça tributária” para aprovar nova taxação das bets
Por: Redação
09/10/2025 às 16:55

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu acelerar a criação de um novo imposto sobre apostas esportivas online, conhecidas como bets, após sofrer uma derrota política significativa com a queda da Medida Provisória do IOF na Câmara dos Deputados. A proposta era vista como uma das principais fontes de arrecadação do Planalto para 2025 e 2026.
Com a MP rejeitada, a equipe econômica pretende usar a taxação das bets como alternativa para equilibrar as contas públicas e manter em curso programas de forte apelo popular, de olho nas eleições presidenciais de 2026. A avaliação política do governo é de que a oposição enfrentará dificuldades para rejeitar um imposto sobre o setor de jogos, considerado lucrativo e pouco regulado.
Estratégia fiscal e discurso político
Fontes ligadas ao governo afirmam que a taxação deve ser apresentada como “medida de justiça tributária”, com o argumento de que o setor movimenta bilhões de reais e paga pouco ou nenhum imposto no país. A expectativa é que a arrecadação compense, ao menos parcialmente, o impacto da derrota legislativa sobre o IOF — um duro golpe para a estratégia fiscal do governo
A queda da MP expôs novamente a fragilidade da articulação política do Planalto com o Congresso e aumentou a pressão sobre o ministro da Fazenda, responsável por viabilizar as metas fiscais de 2025. Para evitar novo desgaste, o governo pretende construir uma base de apoio mais sólida em torno da nova proposta, evitando resistência de setores empresariais e políticos.
Desafios no Congresso
Apesar da narrativa favorável, parlamentares da oposição afirmam que a medida é mais uma tentativa de aumentar a carga tributária sobre a população, e alertam para riscos de expansão do poder arrecadatório do Estado sem contrapartidas claras. A votação da nova taxação deve se tornar um novo embate político entre governo e oposição nos próximos meses.
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