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Justiça italiana marca audiência que decidirá extradição de ex-assessor de Alexandre de Moraes
Justiça italiana marca audiência que decidirá extradição de ex-assessor de Alexandre de Moraes
Eduardo Tagliaferro, ex-homem de confiança do ministro, promete “acabar com Moraes” e preocupa autoridades brasileiras
Por: Redação
05/11/2025 às 12:07

Foto: Divulgação
A Justiça italiana marcou para o dia 17 de dezembro, às 12h (horário local), a audiência que decidirá o pedido de extradição de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) .
Tagliaferro, que atuou por anos como homem de confiança de Moraes, passou a ser investigado após vazar informações sigilosas e fazer declarações públicas comprometedoras sobre os bastidores da Justiça Eleitoral. Atualmente, ele está preso na Itália, onde aguarda decisão da Corte de Apelação de Catanzaro sobre sua extradição ao Brasil.
O caso ganhou destaque após o ex-assessor afirmar em vídeos que poderia “acabar com Alexandre de Moraes”, alegando possuir provas documentais de irregularidades envolvendo o ministro e o uso político de decisões judiciais .
Contexto do processo
Tagliaferro é acusado de vazamento de dados internos do TSE e de violação de sigilo funcional. Entretanto, sua defesa sustenta que ele é vítima de perseguição política e que sua prisão tem caráter “claramente retaliatório”, motivada por críticas públicas a Moraes.
“Meu cliente não cometeu crime algum. Ele apenas revelou informações de interesse público sobre a atuação irregular de membros do Judiciário brasileiro”, declarou o advogado italiano responsável pelo caso.
A defesa tentará impedir a extradição alegando que, se enviado de volta ao Brasil, Tagliaferro não teria garantias de um julgamento justo, dada a influência de Moraes sobre os tribunais superiores.
Impacto político e jurídico
A extradição de Tagliaferro pode trazer novos constrangimentos ao STF e reacender o debate sobre abusos de autoridade cometidos por ministros. No campo político, o caso reforça a narrativa de que vozes dissidentes dentro do sistema judicial têm sido silenciadas por meio de processos arbitrários.
Analistas afirmam que o episódio põe em xeque a credibilidade internacional do Brasil, especialmente diante do aumento de denúncias sobre perseguição judicial a opositores e ex-assessores ligados à direita.
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