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Governo já gastou quase R$ 1,5 trilhão em auxílios sociais desde a pandemia
Governo já gastou quase R$ 1,5 trilhão em auxílios sociais desde a pandemia
Levantamento mostra salto nos repasses após o governo Lula manter e ampliar benefícios criados na gestão Bolsonaro
Por: Redação
04/11/2025 às 09:28

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Um levantamento da CNN Brasil, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento Social, revela que o governo federal desembolsou R$ 1,438 trilhão em auxílios sociais desde o início da pandemia de Covid-19 — valor que engloba os repasses do Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil, Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O maior salto ocorreu entre 2019 e 2020, quando o gasto público passou de R$ 86,6 bilhões para R$ 365,5 bilhões, devido à criação do Auxílio Emergencial no governo Jair Bolsonaro (PL) — medida que evitou o colapso social durante as restrições da crise sanitária.
Segundo os dados:
- Auxílio Emergencial: R$ 372 bilhões
- Auxílio Brasil: R$ 126,7 bilhões
- Bolsa Família: R$ 468,9 bilhões
- BPC: R$ 456,3 bilhões
➡️ Total: R$ 1,438 trilhão.
Da contenção à explosão de gastos
Em 2021, os repasses diminuíram para R$ 159,1 bilhões, mas voltaram a crescer com a criação do Auxílio Brasil, durante o Ministério da Fazenda de Paulo Guedes, que elevou o benefício para R$ 600.
Após as eleições de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve o valor por meio da PEC da Transição, o que fez os gastos voltarem a explodir em 2023, segundo o levantamento.
Especialistas ouvidos pela CNN apontam que 96% do orçamento federal está engessado com despesas obrigatórias, o que limita investimentos e agrava a crise fiscal.
“O governo tem déficit primário e endividamento crescente, o que afasta investimentos e trava o crescimento do país”, afirmou o economista Murilo Viana.
Fraudes e desperdícios
De acordo com o economista-chefe Gabriel Leal de Barros (ARX Investimentos), fraudes em benefícios sociais e previdenciários chegam a R$ 20 bilhões por ano, especialmente no BPC.
“O governo ainda é muito analógico. Dá para economizar sem retirar direitos, se o sistema for mais digital e eficiente”, defendeu.
Os números mostram que o BPC dobrou de valor em cinco anos, passando de R$ 52 bilhões (2018) para R$ 102 bilhões (2024) — e ainda sem mecanismos eficazes de controle.
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